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Na era da informação rápida, imprensa profissional ganha destaque

Na era da informação rápida, em que todo mundo se sente um pouquinho jornalista com seu smartphone e com acesso a notícias em vários formatos em todos os lugares, a atividade da imprensa profissional tem ganhado destaque

Publicado em 27/09/2019 às 07h35
Atualizado em 30/09/2019 às 16h22

“O modelo atual do jornalismo, com jornais impressos diários, está se exaurindo. Mas a relevância do trabalho jornalístico junto à sociedade só vai aumentar”. Há cerca de sete anos, ouvi essa frase de um professor no primeiro dia de aula no curso de Jornalismo e, de cara, veio um baque. Será verdade? Será que minha geração vai passar por isso? E agora? Há futuro nessa carreira ou mesmo para o jornalismo?

As primeiras respostas para essas angustiantes questões vieram em pouco tempo. Inicialmente, foi duro de aceitar que essa era uma verdade que iria se impor e que os veículos de imprensa, sobretudo os regionais, passariam por isso. Pois bem, chegamos neste tempo.

Já a resposta ainda mais difícil, a do “E agora?”, essa demorou mais para vir – acredito que para todos. É inegável que o futuro é digital, mas como seria isso? Como manter os veículos sustentáveis financeiramente na internet? Como manter o jornalismo indispensável e parte da rotina das pessoas? Como manter a tradição e a credibilidade?

Hoje percebo que essa resposta estava ali, na mesma frase dita pelo professor: “[...] a relevância do trabalho jornalístico junto à sociedade só vai aumentar”.

Na era da informação rápida, em que todo mundo se sente um pouquinho jornalista com seu smartphone e com acesso a notícias em vários formatos em todos os lugares, a atividade da imprensa profissional tem ganhado destaque.

Isso por um motivo simples, mas que muito ainda resistem em encará-lo: o mundo mudou. Em pleno 2019, é quase impossível encontrar alguém que continua a só ter contato com as notícias ao ler o jornal impresso pela manhã ou assistir ao telejornal à noite. Hoje, nesse meio tempo, as pessoas são bombardeadas com informações de todos os lados e em todos os formatos. Muitas delas, infelizmente, notícias falsas.

É nessa esteira da pouca confiabilidade de fontes alternativas que o Jornalismo com J maiúsculo sobrevive e ganha força, atuando como um rio caudaloso no deserto da desinformação e se adequando aos novos tempos, acompanhando as demandas da audiência e inovando para ser sempre a fonte que vá satisfazer a incessante sede por informação dessa sociedade em transformação.

*O autor é repórter de Economia de A Gazeta

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