
Petrus Lopes e Ludmilla Almeida*
“Quando o poder público é negligente na área ambiental e aparece de forma desastrosa, ocorre a potencialização da degradação ambiental e dos conflitos sociais” (Petrus Lopes)
Diante de tanta destruição ambiental, ocupações irregulares autorizadas por meio de facilidades que o poder público permissivo promove e da dificuldade de parar o ser humano que a qualquer custo quer ganhar dinheiro usando a natureza ou destruindo-a para poder ter um beneficio individual; e em resposta à acusação da Associação de Moradores do Morro do Moreno, que informou que o Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental inseriu espécimes de Bradypus torquatus e variegatus (bichos preguiça) no Complexo do Morro do Moreno, informamos que esse tipo de atitude é uma falta de respeito com a ciência capixaba e com os pesquisadores envolvidos na pesquisa. Há anos cuidamos da natureza de Vila Velha, isentos e contra qualquer envolvimento com a corrupção ativa e passiva deste município.
O medo expressado pela associação em entender que as preguiças em extinção podem regrar e até proibir certos usos e ocupações no local gera desespero, mentiras e sem a menor condição de comprovação, como essa que tenta prejudicar uma pesquisa com dois artigos científicos publicados.
É estranho ver uma associação de moradores dentro da natureza, contra a conservação ambiental. O Morro do Moreno destruído não tem valor e não traria tanto interesse em fazer pessoas usarem todos os artifícios legais e ilegais existentes para poder construir no local, como é o caso!
Portanto, fica nosso posicionamento, que abomina esse tipo de sociedade, principalmente se ela estiver dentro de uma área natural.
Por fim, para proteger, o Instituto Jacarenema entra na frente de qualquer trator e de qualquer gestor público se for preciso; protegemos Jacarenema, a foz do Rio Jucu, o Morro do Moreno, a orla e as ilhas canela-verde; enfrentamos pessoas que vivem e contribuem para a destruição ambiental; somos parte dos conselhos municipais e estaduais ambientais.
Dessa forma, pedimos que essa “associação” seja mais respeitosa, entendendo que obras irregulares e sem autorização no Morro do Moreno e sem a menor fiscalização existem e sempre existiram.
E muito diferente da posição desta associação, temos compromisso com os ambientes naturais deste município, com as novas gerações, com Vila Velha; e não será um posicionamento esdrúxulo como esse da associação que vai para nossa missão maior: a conservação ambiental local.
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*Os autores são autores da Pesquisa Científica Bichos Preguiça do Morro do Moreno
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