Leitão da Silva precisa de mudanças para a sobrevivência dos negócios

Qualquer projeto que se delonga o prazo inicial concebido traz prejuízo. Prejuízo financeiro. Prejuízo de imagem. Prejuízo para os usuários

Publicado em 26/07/2019 às 19h31

Leitão da Silva está liberada para os carros

Glaicon L. Baptista*

Até quando? Uma simples pergunta. Contudo, representa muito para quem vive com uma obra no “pé” há mais de cinco anos. Traz um sentimento de indignação por um projeto sem precedentes na capital do Estado em que tantos atropelos inexplicáveis culminaram com um atraso incabível. Qualquer projeto que se delonga o prazo inicial concebido traz prejuízo. Prejuízo financeiro. Prejuízo de imagem. Prejuízo para os usuários. Prejuízo para os comerciantes locais nem se fala.

Por que tanta demora? Não falta em quem colocar a culpa. O governo do Estado. A prefeitura da Capital. O DER. A Cesan. A EDP. A construtora. A chuva. As pedras. A Copa. Os feriados. As greves. Etc. E o tempo passa... Passou mesmo! Cinco anos se passaram.

Agora vem a promessa “certeza” de que em novembro de 2019 estará entregue. Entregue pode até ser, mas pronta não. As ruas transversais precisam de atenção e cuidado, com uma boa manutenção e acesso eficiente para uma melhor fluidez no trânsito, um dos objetivos da ampliação da via.

Houve uma drástica alteração na rotina dos comércios locais com o estrangulamento do estacionamento frontal devido à ampliação da via para uma terceira faixa e uma pista no vão central para bicicletas. Estacionamento antes legitimamente autorizados agora estrangulados pelos afastamentos dos postes de energia elétrica. Apresentamos à prefeitura da Capital uma proposta legítima que possa viabilizar o estacionamento frontal como forma de garantir a sobrevivência de diversos lojistas.

A Avenida Leitão da Silva possui aproximadamente 154 imóveis comerciais com 128 empresas funcionando e emprega aproximadamente mil pessoas, segundo levantamento da Assemples em dezembro de 2018. A avenida tem uma vocação comercial muito forte. Pulsa produtos de material de construção. É capaz de fornecer ao consumidor tudo para concluir sua obra de construção e reforma, atraindo inclusive consumidores de outros municípios. Este cliente não vem de bicicleta e nem de ônibus. Ele precisa estacionar o seu carro, e o lojista precisa abastecer a sua loja com mercadorias com uma eficiente carga e descarga.

A Leitão está se renovando. Novas lojas estão na espera para iniciar negócios na via. Queremos caminhar junto com a administração pública para fortalecer o comércio e consolidá-la como a avenida da “construção”, gerando emprego e renda.

Até quando discursos sem efetividade continuarão a não fazerem as coisas acontecerem? Já aguentamos muito tempo. Acreditamos em um próspero momento econômico no Brasil e nossos clientes precisam chegar em nossas lojas. Precisamos de decisão. Precisamos de apoio dos governantes e legisladores. Precisamos manter os estacionamentos diagonais ou longitudinais na avenida. É questão de sobrevivência. Se não, vamos aguentar até quando?

*O autor é fundador e conselheiro da Associação das Empresas da Avenida Leitão da Silva e Imediações (Assemples)

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