Em silêncio, programa social no ES leva comida a 15 mil pessoas

Mais de 130 instituições são beneficiadas com doação de alimentos em parceria entre o Sesc e a Ceasa

Publicado em 29/07/2019 às 17h40
Atualizado em 30/09/2019 às 00h53

Doação de alimentos para instituições sociais

Gutman Uchôa de Mendonça*

Programas assistenciais do governo vêm sempre recheados de viés político. Não raro com notícias de desvios e fraudes, como o antigo Fome Zero, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa-Família. Muitas vezes, também beneficiam quem não precisa ou acabam no esquecimento.

No começo do governo Lula, na sua condição de nordestino, conhecendo as dificuldades regionais, lançou o programa Fome Zero, numa espécie de distribuição de alimentos para famílias necessitadas.

Recentemente, A GAZETA estampou uma manchete sobre famílias que passam fome no Espírito Santo. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), esse número chega a 75 mil pessoas no Espírito Santo.

Ao ler a reportagem, veio à lembrança o programa Mesa Brasil, patrocinado pelo Sesc, e que funciona em todos os Estados do país, com extraordinário sucesso.

O programa é uma parceria entre a Ceasa e o Sesc. A Central de Abastecimento, dentro do convênio com a instituição mantida pelo empresariado do comércio, permite a captação de alimentos que os produtores deixam de vender nas chamadas “mesas” da Ceasa, vindos da fonte de produção.

Para não abandonar os produtos que sobram, muito menos voltarem com eles, produtores ali estabelecidos, em torno 70, doam ao Sesc os alimentos. São aproximadamente 140 toneladas mensais. O programa trata os alimentos, levando-os ao frigorífico, e posteriormente são distribuídos em cestas de alimentos para 137 instituições assistenciais cadastradas (e fiscalizadas rigorosamente).

Essa doação beneficia em torno de 25 mil pessoas mensalmente. Além de alimentos, são distribuídos peças diversas de vestuário e produtos de limpeza.

A parceria firmada entre o Sesc e a Ceasa vem desde o primeiro governo Paulo Hartung e persiste até hoje, no governo Casagrande. Também há casos de produtores que chamam o programa até suas propriedades, onde doam outros alimentos.

Todo esse trabalho social é feito silenciosamente, sem alarde, sem propaganda, contando com a importante colaboração de produtores rurais que se uniram à um programa extremamente humano, decente.

*O autor é jornalista

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