Neste sábado, dia 31, celebramos o Dia Mundial das Cidades, instituído pela ONU. Fato interessante é que este mês, considerado o “outubro urbano”, começou com o Dia Mundial da Arquitetura em seu primeiro dia, proporcionando uma ótima oportunidade para se discutir a conscientização da sustentabilidade da vida nos meios urbanos.
Entretanto, mais do que comemorar, o objetivo desta data é uma reflexão mundial sobre o impacto do crescimento das cidades; promover o interesse da comunidade internacional em debates e cooperação sobre importantes temas como implantação de energias renováveis, mobilidade urbana, redução e cuidado com resíduos, entre outros programas a serem implantados no tecido urbano.
Nossas cidades concentram hoje mais da metade da população urbana do planeta, e segundo as Nações Unidas, em 2050 serão quase dois terços da população mundial vivendo nestas áreas. O resultado dessa concentração será o aumento da emissão global de poluentes, altas temperaturas nas ilhas de calor, diminuição significativa na qualidade de vida, e outros problemas ambientais.
Segundo o secretário-geral da ONU, Antônio Guterrez, com a concentração de mais de 70% das emissões globais de dióxido de carbono, os centros urbanos são onde a batalha climática será amplamente vencida ou perdida. Interpretando essa frase, precisamos pensar e planejar cuidadosamente as que serão construídas, principalmente dentro das atuais cidades existentes, com as previsões feitas por estudiosos para os próximos 30 anos.
Um caminho para minimizar esse impacto previsto é a busca de atitudes inspiradoras que, segundo a ONU, são a Persistência para as cidades se anteciparem aos futuros problemas e resolverem os atuais; o Poder de adaptação aos impactos e riscos previsíveis e, por fim, a Preparação para uma cidade inclusiva, para proteger as comunidades mais vulneráveis.
O presente que toda cidade gostaria de receber em seu aniversário é um planejamento criterioso, com ideias inovadoras que contribuam para um crescimento urbano sustentável principalmente para suas novas gerações, reduzindo as desigualdades e aumentando as oportunidades para uma cidade melhor, com uma vida melhor para todos.
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O autor é conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES)
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