Defesa ambiental do Morro do Moreno não pode ser monopolizada

Nenhuma pessoa pode reivindicar o monopólio da defesa ambiental do Morro do Moreno. Ela é difusa

Publicado em 06/09/2019 às 19h59

Morro do Moreno: polêmica da tirolesa

Carlos Salles*

Artigo publicado em A Gazeta, em 1º de setembro, coloca a Ammor “contra a conservação ambiental”. A Ammor não citou nenhuma pessoa física, jurídica ou pública, e não foi seu propósito ofender o ego de ninguém. Registra o laudo acima que o Morro do Moreno “atualmente pode ser caracterizado por uma região residencial, representa um dos principais pontos turísticos da Grande Vitória e figura entre as zonas mais preservadas desta porção do município”.

Portanto, não há motivo para alarme. Devemos sim agradecer aos moradores, proprietários, ao pessoal da bike, caminhada e corridas que utilizam o morro de forma ordenada.

O laudo deixa claro que “faltou explicar, através do uso do rigor científico, qual o critério utilizado para determinar as construções como irregulares ou regulares”, Ou seja, embora possa ter o cidadão escritura pública e projeto de construção aprovado, nada impede que lhe colem a pecha de invasor.

A Ammor propôs solução definitiva para os proprietários quando inseriu no TR do Diagnóstico a indicação pontual dos lotes edificandis e não edificandis. Medida que beneficia a todos e não foi levada a efeito pelo órgão competente.

Quanto mastofauna, o laudo registra: “a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) foi registrada na área do Morro do Moreno. Pelas informações coletadas em campo, houve soltura destas espécies recentemente, realizada nas áreas de entorno do morro por técnicos ambientais, de acordo com o procedimento de soltura observado no site da PMVV”.

Nenhuma pessoa pode reivindicar o monopólio da defesa ambiental do Morro do Moreno, pois essa defesa é difusa, portanto, de todos que amam a natureza e usufruem deste monumento natural.

A Ammor tem perfeita consciência que seu trabalho não visa prejudicar ou diminuir a importância de quem quer que seja. A Ammor ouve com serenidade sempre que seja convocada. Jamais age com indisciplina, sem razão ou sem profunda reflexão de seus associados. Pois tem consciência que a vitória sobre nós mesmos é muito mais difícil. Ela requer mais coragem, mais disciplina e mais decisão.

*O autor é vice-presidente da Assoc. Moradores do Morro do Moreno (Ammor)

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