2019 está perto do fim, mas ainda dá tempo de cumprir as metas

Queria um novo emprego, um novo namorado, uma nova cidade para morar ou até mesmo uma nova vida. Mas, em nove meses, apenas conquistou três quilos a mais

Publicado em 27/09/2019 às 10h10
Atualizado em 27/09/2019 às 13h11
 Crédito: Amarildo
Crédito: Amarildo

*Flávia Varela 

Tinha traçado as metas do ano de 2019, mas com pouco mais de 3 meses para a chegada do fim, percebeu que nem todos objetivos seriam alcançados. Emagrecer, se apaixonar, ir à Lua, plantar bananeira, caminhar em Saturno, andar na contramão, dançar até virar o dia, ganhar na loteria. Eram tantos os planos que precisaria de no mínimo mais 24 meses. Independentemente dos ideais, devaneios e anseios, sabia que com 95 dias para acabar o ano teria que fazer uns ajustes ali, outros “acolá”.

Queria um novo emprego, um novo namorado, uma nova cidade para morar ou até mesmo uma nova vida. Tinha ânsia de mudança, mas em nove meses, apenas conquistou três quilos a mais. Decidiu abrir a caixinha de desejos de 2019 para fazer um check-list dos seus desejos.

Ora, percebeu que ali na caixinha havia muitos sonhos e pensamentos descompensados. Quem era ela para plantar bananeira na Lua? Colocou os pés no chão e começou a reescrever seus planos. Nada de mirabolante. Queria concretizar sonhos possíveis. Os impossíveis não iria desistir deles, mas iria por partes.

Naquela manhã de 27 de setembro de 2019, um fato era certo: não estaria mais com Roberto ao entardecer. Ele era educado, atencioso, amável, mas faltava paixão na relação. Os olhos já não brilhavam mais quando o via, aliás, nunca brilharam. Era muito nova para namorar apenas por comodidade e compaixão. Pelo “Whatsapp” deu adeus a uma ilusão.

 Crédito: Edson Chagas
Crédito: Edson Chagas

Saiu para caminhar na praia e cantava “Desilusão, desilusão, danço eu, dança você, na dança da solidão”. Foi quando esbarrou no Lucas. Humm, o Lucas, o rapaz da academia que sempre a ajudava com os pesos. Bingo!, pensou. Mas tão rápido? Não esperou nem sequer as lágrimas do término? Era uma desalmada? Não. Ela queria ser prática e objetiva. Queria viver e deu uma oportunidade a Lucas. Estão se conhecendo e está gostoso, digamos.

 

Enquanto tomava água de coco com o Lucas, sabia que outra mudança era necessária. Na segunda-feira, iria pedir para sair do emprego. Mas com tanta gente desempregada? Sim. Ela já estava cansada de ficar atrás de um balcão entregando remédios para crianças, jovens e idosos. Gostava da profissão, mas ainda não se sentia plena na carreira. Queria ser fotógrafa. Sairia pelo mundo retratando países, culturas e peculiaridades de cada canto do mundo.

Sabia que para algo novo acontecer, teria que romper com barreiras, sair da zona de conforto. Simplesmente, teria que acabar um ciclo para começar outro e, para tanto, precisava tomar decisões. Comprou a máquina fotográfica da melhor geração e se matriculou em um curso de fotografia. Às tardes, fazia espanhol, inglês e italiano. Quando a oportunidade surgisse, estaria preparada para voar.

Faltando 3 meses para a chegada de 2020, poderia tomar mais algumas decisões... Mas, definitivamente, a viagem a Saturno teria que ser adiada. A Lua, no entanto, ela faria questão de contemplar todos dias, afinal não poderia alcançá-la, mas poderia enxergá-la além do horizonte.

*A autora é jornalista

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