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Transporte rodoviário tem dados em tempo real sobre frota de ônibus

Transporte rodoviário tem dados em tempo real sobre frota de ônibus

Setor tem usado métodos para acompanhar situação dos veículos nas estradas e garantir segurança para passageiros e funcionários

Publicado em 31 de dezembro de 2023 às 09:04

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Viação Águia Branca conta com tecnologia para garantir proteção aos usuários
Viação Águia Branca conta com tecnologia para garantir proteção aos usuários. (Águia Branca/Divulgação)

A evolução da logística não depende apenas das estradas tecnológicas. O setor de transportes também tem mergulhado fundo nas inovações para melhorar o serviço prestado aos clientes, para dar mais segurança aos funcionários e otimizar as operações.

Hoje, por exemplo, as centrais de monitoramento das empresas acessam em tempo real e de forma remota a informações mecânicas das frotas de veículos nas rodovias.

Segundo a diretora da Federação dos Transportes do Espírito Santo (Fetransportes-ES) e CEO da Viação Águia Branca, Paula Corrêa, já são adotadas no Estado inovações com forte impacto na experiência do consumidor.

“O cliente do transporte rodoviário já consegue fazer tudo pelo celular. Compra via aplicativo, embarca com seu bilhete digital e documento na tela do aparelho, registra o seu feedback sobre sua experiência com o serviço na plataforma de satisfação. É um ciclo completo de venda, consumo e pós-consumo”, exemplifica Paula.

Segundo ela, nos últimos anos, empresas como a Águia Branca observam aumento considerável na venda de passagens pelo WhatsApp. Isso tem incentivado mais empresas do setor a oferecerem essa facilidade aos seus clientes. Outra inovação do setor é o acompanhamento em tempo real. O cliente embarcado pode compartilhar a viagem para que parentes e amigos acompanhem a localização do ônibus.

Na Águia Branca, também têm sido adotados veículos equipados com novos motores Euro6, que mantêm toda eficiência, mas com limites mais rigorosos para a emissão de poluentes, além de inteligência artificial para compras de passagens e gerenciamento de filas nas rodoviárias.

O diretor de Tecnologia e Inovação da empresa, Janc Lage, conta que, desde 2008, o grupo investe em uma robusta framework de telemetria (acompanhamento de dados em tempo real), focada não apenas em performance, mas principalmente em eficiência operacional e segurança.

Trator da Vix Logística é o primeiro do setor que atua de forma autônoma
Trator da Vix Logística é o primeiro do setor que atua de forma autônoma. (Vix Logística/Divulgação)

Lage explica que a frota coleta uma gama de dados, desde a rotação do motor até a inclinação do veículo de transporte de passageiros e de cargas. Câmeras internas e externas avaliam o comportamento do motorista e as condições das rodovias.

Além disso, o diretor destaca a presença de “alvos” nos ônibus, que apontam velocidades mais assertivas e rigorosas do que as indicadas pelas rodovias. Essa abordagem visa a aprimorar a segurança, garantindo que os veículos operem dentro de limites.

“Muitas vezes uma rodovia sinaliza, por exemplo, uma curva a 80 km. Os nossos alvos embarcados nos computadores de bordo são bem mais assertivos e muito mais rigorosos do que os da própria rodovia. Então, nosso alvo aponta 60 km e a rodovia está permitindo 80”, explica o diretor do Grupo Águia Branca.

Outra empresa do grupo, a Vix Logística, tem usado a IA para refinar algoritmos. De acordo com o gerente de projetos da companhia, Elias Alves da Silva, entre as apostas está o desenvolvimento de veículos autônomos, como o trator Galileu, capaz de tracionar até 100 toneladas.

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A integração de robôs colaborativos nos processos industriais também é uma novidade. Os equipamentos trabalham em conjunto com os operadores para aumentar a agilidade e segurança na manipulação de cargas. “Nesses 52 anos que temos de mercado, estamos fazendo uso das novas tecnologias voltadas para atender à indústria 4.0 e, ao mesmo tempo, às demandas dos nossos clientes. Entre os mercados-alvo dessas inovações, estão as indústrias de óleo e gás, automotiva, de papel e celulose, de mineração e siderurgia”, pontua Elias.

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