O Anuário Espírito Santo é um raio-x sobre o cenário econômico e social dos 78 municípios capixabas apontando os principais desafios enfrentados pelos órgãos públicos e pelas iniciativas privadas.

ESG e smart cities são a chave para o desenvolvimento

No campo da gestão pública a Governança reverbera aspectos estruturantes de políticas públicas em diversas áreas

Publicado em 12/12/2022 às 02h10
Pablo Lira, doutor em Geografia e pesquisador no IJSN
Pablo Lira, doutor em Geografia e pesquisador no IJSN. Crédito: Divulgação

No decorrer do século XXI os conceitos de ESG e cidades inteligentes vêm ganhando maior visibilidade na comunidade global, como caminhos possíveis para um desenvolvimento mais sustentável e estruturado a partir de soluções modernas típicas do atual ciclo de inovação das Tecnologias da Inovação e Comunicação (TICs).

O termo ESG começou a ser trabalhado na metade da década de 2000 pelo Banco Mundial, Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações financeiras. Tal sigla representa em inglês os termos Environmental, Social and Governance, os quais podemos traduzir para o português como Ambiental, Social e Governança (ASG). O conceito pode ser tratado tecnicamente como “Governança Ambiental, Social e Corporativa”. A sustentabilidade ambiental, responsabilidade e equidade social, prosperidade econômica e governança estratégica podem ser consideradas os eixos principais do ESG que não devem ser sobrepostos pelos interesses do lucro pelo lucro na economia global do século atual.

Na perspectiva ambiental, a ideia de ESG busca orientar ações de instituições voltadas ao meio ambiente, tais como mitigação das mudanças climáticas, diminuição da emissão de gases poluentes, gestão de resíduos, eficiência energética, biodiversidade, diminuição do desmatamento, dentre outros temáticas. Na ótica social, o conceito de ESG está associado à responsabilidade social, direitos humanos, impacto das instituições em favor das comunidades e sociedades, condições trabalhistas, diversidades, proteção de dados, avanços científicos, inovação, tecnologia, investimento social, entre outros. No prisma da Governança, o ESG se relaciona às práticas, processos, estratégias e políticas adotados pelas instituições. No campo da gestão pública a Governança reverbera aspectos estruturantes de políticas públicas em diversas áreas.

Pablo Lira

Doutor em Geografia e pesquisador no IJSN

"As cidades inteligentes constituem espaços potenciais para implementar práticas de ESG, seja por empresas privadas, seja por instituições públicas. O caminho para o desenvolvimento no século XXI demanda a observância às premissas do conceito ESG e das smart cities."

Ao mesmo tempo, a ideia das cidades inteligentes, em inglês smart cities, caracteriza a busca pela sustentabilidade, inclusão, transparência, geração de riqueza, cidadania e democracia. Para isso, essas cidades salientam como componentes tecnológicos principais a infraestrutura de conectividade, sensores e dispositivos conectados, centros integrados de operação e controle e interfaces de comunicação.

Dessa forma, as cidades inteligentes constituem espaços potenciais para implementar práticas de ESG, seja por empresas privadas, seja por instituições públicas. O caminho para o desenvolvimento no século XXI demanda a observância às premissas do conceito ESG e das smart cities. Essa é uma convergência propícia para um maior equilíbrio entre os aspectos sociais, ambientais, econômicos e tecnológicos na contemporaneidade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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