A Gazeta - Agora

A reclamação dos servidores tem relação com a sanção da lei que regulamenta a Polícia Penal no Estado e também a Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) - aprovada pela Assembleia Legislativa e, por último, pelo governador Renato Casagrande na segunda-feira (18).

Um dia após a sanção do governador, os servidores, a maioria utilizando o uniforme da Polícia Civil, foram às ruas com o desejo de permanecer na corporação. Em entrevista à TV Gazeta, o representante da associação de auxiliares de perícia médico-legal, Thiago Stork, afirmou que a situação é "bem complexa".

"Estamos sendo arrastados para uma polícia nova. Vamos perder a carteira, a identidade funcional, com risco de perder a estabilidade. São 95 famílias neste risco. Estamos neste fogo cruzado. Perdemos direitos, de aposentadoria ao armamento", afirmou Thiago Stork.

Por nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou em nota que mantém aberto o diálogo com os auxiliares de Perícia Médico Legal (APML), no sentido de chegar a um consenso em relação aos pleitos da categoria. "O Governo do Estado está analisando, dentro da legalidade, quais medidas serão tomadas com relação a esses servidores, mas cabe destacar que a lei que criou a Polícia Científica não alterou a vinculação dos APML (auxiliares de perícia médico-legal) à Polícia Civil, sendo que eles seguem dentro da estrutura da PCES, no momento", disse em nota.

A interdição parcial aconteceu no sentido Serra. Ou seja, motoristas que passavam pela Reta da Penha na altura da Praia do Canto, Santa Lúcia e Barro Vermelho e desejavam seguir no sentido Jardim da Penha ou Serra encontraram dificuldade. Os servidores fizeram barulho no local, inclusive com a presença de pessoas vestidas de palhaços, além de estamparem a insatisfação em faixas: "Governador, queremos ficar na Polícia Civil", escreveram. A Guarda Municipal de Vitória informou por volta das 10h40 que a manifestação já não impedia mais o fluxo de veículos.