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Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 09:00
A influenciadora Viih Tube utilizou as redes sociais no último domingo (15) para detalhar o quadro de saúde do filho mais novo. De acordo com o boletim médico do hospital Albert Eistein, em São Paulo, Ravi Di Felice passou 20 dias internado devido a um quadro de enterocolite, uma lesão inflamatória que afeta o trato gastrointestinal.>
Fruto do casamento de Viih Tube e do ex-bbb Eliezer, Ravi nasceu no dia 11 de novembro e foi internado no dia 25 do mesmo mês. A princípio, os pais só haviam informado que o caso era grave. Assim que o bebê recebeu alta, a influenciadora sentiu-se confortável para compartilhar como foram as últimas três semanas e detalhar o diagnóstico. >
Viih Tube
InfluenciadoraDe acordo com o cirurgião pediátrico da Unimed Vitória Jorge Abikair Filho, a condição é pouco comum em bebês termos - aqueles que nascem entre 37 e 42 semanas de gestação -, mas a chance ainda existe.>
Além do risco de evoluir para uma perfuração intestinal, a enterocolite também pode levar a uma infecção generalizada, sepse e até à morte. “Cerca de 20% dos casos evoluem para óbito”, pontua.>
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Segundo o médico, existem alguns tipos de enterocolite. Entre elas, a necrosante, a pseudomembranosa, a neutropenia, a hemorrágica e a retocolite ulcerativa. >
Jorge Abikair Filho explica que não é possível definir a causa da doença, mas algumas condições de estresse neonatal ou perinatal podem se aproveitar das baixas condições imunológicas de bebês recém-nascidos e levar à inflamação. "A condição se instala levando rapidamente a um quadro grave infeccioso", destaca.>
Associações genéticas ainda não foram definidas como fatores de risco para a doença, explica o cirurgião pediátrico. “A não ser em condições em que o recém nascido tenha outra doença congênita associada, como, por exemplo, a doença de Megacolon Congênito, onde a enterocolite aparece como a principal causa de morte nesses bebês”, diz. >
Outra possibilidade é de que alguns fatores ambientais influenciem na inflamação. Leite artificial contaminado e bolsa rota prolongada são condições que podem levar à enterocolite. >
“A conclusão é de que pode ter tido um quadro infeccioso (…) mas mostrou que ele tem um quadro alérgico. Existe uma condição em que a enterocolite pode ser induzida por uma alergia à proteína do leite de vaca. Chegou-se à conclusão de que ele tem uma alergia severa, então, provavelmente, a enterocolite foi causada, foi induzida por uma alergia severa que atacou o intestino dele”, especificou Viih Tube em seu perfil do Instagram.>
Além de distensão abdominal, sangue nas fezes e vômitos, bebês recém-nascidos também podem apresentar sintomas como letargia e alterações da frequência cardíaca e respiratória. Como consequências, o bebê pode manifestar falhas de crescimento e deficiências de desenvolvimento.>
De acordo com o cirurgião pediátrico da Unimed Vitória Vitor Fitaroni Neves da Cunha, é possível que o neném nasça saudável e passe a demonstrar alguns sintomas dias após o parto, como foi o caso de Ravi. “A exposição a bactérias podem provocar infecção intestinal”, salienta.>
"O Ravi foi apresentar [os sintomas] 15 dias após o nascimento (…) Sempre esteve bem clinicamente. Mesmo sendo no intestino, a barriga nunca distendeu, nunca ficou grande ou dura, como acontece com muitos bebês prematuros com enterocolite, que é um dos principais sinais. O único sintoma que ele teve foi uma hemorragia, muito sangue nas fezes (…) Ele fez duas fraldas com muita hemorragia”, detalhou Viih Tube.>
Como indica Vitor Fitaroni Neves da Cunha, adultos podem apresentar a condição mas o caso é mais comum em bebês recém-nascidos, principalmente em prematuros. “Adultos podem apresentar enterocolite, porém de diferentes etiologias. Existem alguns tipos de doenças inflamatórias intestinais que levam à colite”, ressalta.>
O diagnóstico, alertam os cirurgiões pediátricos, é feito através do histórico de alterações e de exames físicos, laboratoriais e de imagens. “Os exames dele nunca demonstraram que foi uma infecção. O PCR nunca subiu, o hemograma nunca teve alterações significativas, nenhum dos exames que foram feitos tinha. Apenas o raio-x”, contou a influenciadora.>
Como oque foi realizado no pequeno Ravi, o tratamento clínico inicial é feito em Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin) e pode levar à cura do quadro.>
“A cura da doença é na maioria das vezes clínica, com uso de antibióticos endovenosos, internação em UTI Neonatal, hidratação, dieta zero, analgesia. A cirurgia é necessária quando ocorre perfuração intestinal, identificada em radiografia de abdome e no exame físico”, exemplifica Vitor Fitaroni Neves da Cunha. >
Em casos mais graves, de acordo com os médicos da Unimed Vitória, pode ser necessário realizar uma intervenção cirúrgica. O agravamento do quadro clínico infeccioso com perfuração intestinal para dentro da cavidade abdominal é o que pode levar a tal medida.>
Ainda em seu relato, a influenciadora disse que o bebê reagiu bem ao tratamento, que incluía alimentação com solução de nutrição parenteral - uma nutrição administrada por via intravenosa. “Ele ficou super bem ao tratamento, ao jejum. Ele estava sendo nutrido parentealmente, teve que ficar uns 12 dias assim para a inflamação sair e voltar a se alimentar. Está mamando bem, voltando a se adaptar ao que é mamar”, completou.>
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