> >
Confira dicas para a amamentação ficar mais fácil

Confira dicas para a amamentação ficar mais fácil

A Organização Mundial de Saúde recomenda que a amamentação siga de forma exclusiva até os seis meses do bebê, e de forma complementar pelo menos até os 2 anos

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 09:00

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Amamentação
Os benefícios da amamentação para mãe e bebê são muitos. (Shutterstock)

O leite materno é um alimento completo, que oferece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê nos primeiros meses de vida. Até os seis meses, nada precisa ser oferecido além do leite da mãe – nem mesmo água. Mas embora pareça um gesto simples, a amamentação costuma provocar muitas dúvidas entre as mães, especialmente as de primeira viagem. 

Qual a posição correta para o bebê mamar? Qual a quantidade de leite o bebê deve consumir por dia? Como saber se o meu filho está mamando a quantidade adequada? A enfermeira obstetra Christianne Garcia Xavier, especialista em amamentação da Samp, explica que embora a “descida do leite” aconteça já no primeiro dia de vida do bebê, a amamentação não é um ato instintivo.

“Não é intuitivo, o bebê não nasce sabendo que ele tem que mamar. A mãe precisa aprender a amamentar e o bebê também precisa aprender a mamar. É natural que as mães tenham dúvidas e por vezes se sintam inseguras”, afirma.

A capacidade gástrica do bebê aumenta à medida que ele cresce. No primeiro dia de vida, ele é capaz de mamar aproximadamente 7ml de leite (algo semelhante a uma cereja), já com um mês a capacidade varia entre 80 ml e 150 ml (mais ou menos do tamanho de um ovo).

COMO SABER SE O BEBÊ MAMOU O SUFICIENTE? 

A criança, mesmo ainda muito pequena, dá sinais de saciedade. É preciso observá-lo! “Avaliar se o bebê larga o seio por conta própria ao final da mamada, se fica mais relaxado depois de mamar e se as mamas ficam mais vazias e leves depois que ele suga. Observar se a fralda está suja com xixi e cocô em boa parte das trocas, são alguns sinais de que o bebê está mamando bem. Lembrando que a urina deve ser sempre transparente e sem odor forte. Além do acompanhamento com o pediatra para verificar se o ganho de peso está dentro do esperado para a idade”, ensina Christianne.

Não há apenas uma posição correta. De modo geral, são pelo menos quatro opções e vale aquela que for mais confortável para a mãe e o bebê. 

  • Tradicional: sentada, a mãe segura o bebê no colo (barriga com barriga);

  • Deitada: o bebê é colocado de lado, com o apoio de um travesseiro para que a cabeça fique mais elevada que o corpo;

  • Cavalinho: o bebê fica sentado com as perninhas abertas sobre uma das pernas da mãe; ela apoia cabeça do bebê com uma mão e com a outra posiciona a mama;

  • Invertida: a mãe segura o bebê, posicionando os pés dele em direção à cabeceira da cama ou sofá.

Guia da amamentação
Opção para o bebê mamar confortavelmente. (Divulgação)

COMO SABER SE A "PEGA" ESTÁ CORRETA?

A forma como o bebê suga o peito da mãe também é importante. Uma “pega” correta vai garantir que a criança se alimente nas quantidades necessárias, sem machucar o seio da mãe. Para saber se a mamada está correta é preciso observar alguns pontos:

  • O nariz do bebê não deve encostar no seio da mãe, assim ele pode respirar livremente;

  • A bochecha enche enquanto suga o peito;

  • Os lábios devem ficar virados para fora, abocanhando grande parte da aréola do seio da mãe;

  • O queixo do bebê fica encostado no seio;

  • A barriga e o tronco do bebê ficam voltados para a mãe;

BENEFÍCIOS

Os benefícios para mãe e bebê são muitos: diminui o sangramento da mulher no pós-parto, acelera a perda de peso, reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio; evita cólica, diarreia e alergia, além de hidratar e fortalecer o sistema imunológico do bebê.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que a amamentação siga de forma exclusiva até os seis meses do bebê, e de forma complementar pelo menos até os 2 anos. Mas mesmo após essa idade, o leite materno continua a oferecer nutrientes fundamentais, como vitaminas A, C, B12 e minerais.

Ainda tem anticorpos, calorias e proteínas, e diminui os riscos de obesidade e diabetes para a criança. “A amamentação influencia diretamente o vínculo entre mãe e filho, quanto mais tempo ela for amamentada, mais segura emocionalmente ela será. O recomendado é manter por dois anos ou mais, até ocorrer naturalmente o desmame”, afirma a enfermeira obstetra.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais