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Trump e Boris Johnson 'disputam' anúncio de remédio contra coronavírus

Trump e Boris Johnson "disputam" anúncio de remédio contra coronavírus

De um lado, Trump diz que fará teste com remédio usado contra a malária. De outro, Boris fala de um tratamento em estudo

Publicado em 19 de março de 2020 às 20:42

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O presidente norte-americano Donald Trump. (Reprodução/Twitter @realdonaldtrump)

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, entraram nesta quinta-feira (19) em uma disputa para tentar anunciar primeiro um remédio para combater o coronavírus. A pandemia já contaminou mais de 207 mil pessoas e deixou 8 mil mortos em 166 países.

Os dois líderes afirmaram que o "jogo mudou" em seus anúncios desta quinta. Trump destacou o uso de um tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina - substâncias usadas contra a malária - em pacientes com coronavírus. "(O teste) Mostrou resultados iniciais muito encorajadores e seremos capazes  de disponibilizar esse medicamento quase imediatamente", disse Trump. Nos EUA, pelo menos 150 pessoas morreram em decorrência do vírus, que já contaminou mais de 11.500 pessoas.

O presidente também afirmou que a substância foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), entidade responsável pela avaliação de alimentos e medicamentos. Stephen Hahn, comissário da FDA, no entanto, buscou moderar delicadamente parte do otimismo de Trump, declarando que embora seja importante que os médicos tragam esperanças, era igualmente importante que eles "não criem falsas esperanças"

Mas Hahn disse que a agência considera dar a substância a pacientes com coronavírus como parte de um programa de teste de "uso expandido".

Apesar de ambos afirmarem que a FDA aprovou o uso em pacientes com coronavírus de cloroquina e hidroxicloroquina, não houve testes clínicos para determinar se esses remédios de fato funcionam contra a doença, e Hahn não explicou por que a FDA decidiu apoiar seu uso, e tampouco explicou se a medida anunciada representava aprovação formal de um novo uso para os medicamentos. Também não ficou claro quanto tempo a FDA levaria para elaborar esse estudo.

BORIS JOHNSON: PROMESSA PARA DOZE SEMANAS

Por sua vez, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que o Reino Unido conseguirá deter o coronavírus em um período de 12 semanas. Nesta quinta, ele afirmou que o primeiro paciente britânico foi submetido a um estudo para tratamento de coronavírus, sem dar mais detalhes. Em seu país, o vírus já deixou 144 mortos e contaminou 3.269 pessoas. 

"Uma combinação das medidas que estamos pedindo ao público para tomar e melhorar os testes e outros progressos científicos nos permitirão reverter a tendência nas próximas 12 semanas", afirmou ele em sua entrevista coletiva diária.

"Estamos em negociações para comprar o teste de anticorpos, tão simples quanto um teste de gravidez que pode dizer se você já teve a doença. Compraremos centenas de milhares desses kits o mais rápido possível. Porque, obviamente, ele tem o potencial de mudar completamente o jogo."

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