Publicado em 6 de setembro de 2021 às 15:34
O Talibã declarou vitória sobre forças opositoras no Vale de Panjshir, ao nordeste de Cabul, nesta segunda-feira (6), declarando que finalizou a tomada de poder do Afeganistão e prometendo anunciar um novo governo em breve. >
Fotos em redes sociais mostraram membros do Talibã diante do portão do complexo do governador provincial de Panjshir depois de lutarem durante o final de semana contra a Frente Nacional de Resistência do Afeganistão (NRFA) liderada pelo líder de Panjshiri, Ahmad Massoud.>
"Panjshir, que era o último refúgio do inimigo em fuga, foi capturada", disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, em uma coletiva de imprensa.>
Mais cedo, ele havia dito: "Com esta vitória e os esforços mais recentes, nosso país sai do turbilhão da guerra e nosso povo terá uma vida feliz, em paz e liberdade.">
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O Talibã garantiu ao povo de Panjshir, que é etnicamente diferente do grupo de maioria pashtun que enfrentou os islâmicos durante o primeiro governo destes, entre 1996 e 2001, que não haverá nenhum "ato discriminatório contra eles".>
"Eles são nossos irmãos e trabalhariam juntos por um objetivo comum e o bem-estar do país", disse Mujahid.>
Massoud, que comanda uma força extraída dos remanescentes do Exército afegão e de unidades das forças especiais, além de militantes locais, disse em um tuíte que está em segurança, mas não deu detalhes.>
Já Mujahid disse ter sido informado de que Massoud e o ex-vice-presidente Amrullah Saleh fugiram para o vizinho Tadjiquistão.>
Ali Maisam Nazary, chefe de relações exteriores da NRFA, disse que a alegação de vitória do Talibã é falsa e que forças da oposição continuavam a lutar.>
"As forças da NRFA estão presentes em todas as posições estratégicas através do vale para continuar a luta", disse ele em uma postagem no Facebook.>
Mujahid negou haver qualquer desentendimento dentro do Talibã a respeito da formação de um novo governo e disse que este será anunciado em breve, mas sem estabelecer uma data.>
Ele também disse que as mulheres voltaram ao trabalho nos setores da saúde e da educação e que "outros campos serão oferecidos, um a um, assim que o sistema tiver sido estabelecido para elas".>
Os militantes, que chegaram ao poder no mês passado depois que os Estados Unidos retiraram soldados depois de uma guerra de 20 anos, proibiram que meninas e mulheres estudassem e realizassem a maior parte dos trabalhos quando comandaram o país pela primeira vez, entre 1996 e 2001.>
Agora, o grupo diz que as mulheres poderão trabalhar em setores importantes da sociedade nos termos da lei islâmica e que seus direitos serão protegidos.>
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