Publicado em 17 de julho de 2020 às 20:03
Devido ao crescente número de novos casos da covid-19, o governo israelense decidiu restabelecer, a partir desta sexta-feira, 17, novas medidas pontuais de restrição, especialmente durante os finais de semana. O objetivo, por enquanto, é evitar um confinamento geral. As medidas foram anunciadas após o país detectar quase dois mil casos do novo coronavírus por dia. >
De sexta à noite até domingo pela manhã, lojas consideradas não essenciais, shopping centers, salões de beleza, bibliotecas, zoológicos, museus, piscinas, atrações turísticas e os bondes estarão fechados, segundo anúncio do gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e do ministério da Saúde.>
Os restaurantes devem se limitar a vender comida para entregar nos dias úteis. Academias ficarão fechadas até nova orientação. Em Israel, a sexta-feira corresponde ao início da festa semanal do "Sabbat", o dia de descanso para os judeus, e muitos restaurantes costumam estar fechados. Reuniões particulares com mais de dez pessoas estão proibidas.>
Em Israel, não haverá restrições de movimento para quem quiser sair de casa, mas as praias serão fechadas a partir de 24 de julho. "Qualquer violação dessas restrições será considerada crime", afirmou o comunicado. Com nove milhões de habitantes, Israel registrou oficialmente 46.059 casos do novo coronavírus, incluindo 384 mortes.>
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O líder da oposição, Yair Lapid, criticou a decisão recente dizendo que um país inteiro está tentando entender porque decisões são tomadas no meio da noite sem bases ou dados. Caso as medidas não sejam suficientes, o parlamento israelense estuda um lockdown completo que pode ser votado na próxima semana.>
Israel foi elogiado no início da pandemia, em março, por um lockdown que reduziu as infecções diárias. No entanto, autoridades de saúde e especialistas locais observaram um grande aumento nos casos após a reabertura econômica.>
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o premiê israelense vive um momento difícil, já que um em cada cinco israelenses estão desempregados e boa parte da sociedade desaprova a forma como ele conduz a crise sanitária. Milhares de pessoas protestararam nesta semana em cidades como Tel Aviv e Jerusalém contra Netanyahu. Ele é acusado de corrupção, fraude e quebra de confiança em três casos. O premiê nega as acusações e as atribui a uma "caça às bruxas".>
O diário britânico cita uma pesquisa do think tank do Instituto de Democracia Israelense mostrando que apenas três em cada dez israelenses confiam na resposta de Netanyahu à pandemia.>
Com as novas medidas, Israel se soma a países como Austrália, Argentina, Índia, Estados Unidos, China, Alemanha e Espanha, que tiveram de adotar confinamentos pontuais para restringir novos surtos localizados do vírus. (com agências internacionais)>
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