Publicado em 4 de março de 2021 às 14:35
- Atualizado há 5 anos
Alemanha, Bélgica e Suécia liberaram nesta quinta a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca em adultos todas as faixas etárias, seguindo um caminho aberto pela França na quarta. >
Os quatro países faziam parte de cerca de 10 que haviam barrado o imunizante para idosos por falta de dados sobre seu efeito em pessoas com mais de 55 anos. Resultados positivos no Reino Unido, onde ela é usada desde o começo de janeiro, fizeram os governos voltarem atrás.>
A restrição de uso –e a insegurança que isso provocou no público–, deixaram milhões de doses da vacina da AstraZeneca paradas nas prateleiras europeias.>
Em países como França e Itália, foram injetados pouco mais de 20% dos volumes recebidos, segundo dados do centro de controle de doenças europeu (ECDC). Na Alemanha, cerca de um terço.>
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No total da União Europeia, 24,8 milhões de doses da AstraZeneca ainda estão estocadas, o equivalente a 27% do que foi enviado aos 27 países membros.>
No anúncio sobre a mudança de rumo, o governo alemão anunciou também que vai adotar o intervalo de 12 semanas entre as duas doses, seguindo a prática do Reino Unido (e do Brasil) –pesquisas mostraram que a proteção aumenta com essa medida.>
O governo alemão também anunciou um desconfinamento gradual, com um "freio de emergência", segundo a premiê Angela Merkel, se o número de casos sair do controle. Livrarias, salões de beleza e lojas de jardinagem abrem a partir de segunda-feira, e até cinco pessoas de duas famílias poderão se reunir, com crianças menores de 14 anos isentas.>
A vacina de Oxford/AstraZeneca já havia sido autorizada para todas as idades tanto pela agência regulatória da União Europeia quanto pela OMS (Organização Mundial da Saúde).>
Os fabricantes não fornecem dados sobre doses fornecidas ao Reino Unido, mas o imunizante é o principal do programa de vacinação britânico, que, no total, já administrou mais de 30 doses de vacina para cada 100 habitantes.>
Com previsão de vacinar todos os adultos antes do final do primeiro semestre, a Inglaterra anunciou o relaxamento de restrições a partir da próxima semana, embora cientistas tenham alertado nesta quinta para o fato de que, em algumas regiões do país, o contágio esteja crescendo.>
As dificuldades de distribuição de vacinas na União Europeia levaram alguns países, como Hungria e Eslováquia, a comprarem imunizantes que ainda não foram aprovados pela UE, como o Sputnik V, da Rússia. Com gargalos de produção, porém, a fabricante não enviou ainda a quantidade prometida.>
O governo húngaro também contratou vacinas chinesas da Sinopharm, de quem recebeu 550 mil doses em meados de fevereiro.>
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