Publicado em 11 de agosto de 2023 às 08:00
A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia, é caracterizada por uma dor na região pélvica e acompanha boa parte das mulheres e outras pessoas com útero durante a idade reprodutiva. A intensidade dela pode variar e, até mesmo, irradiar para costas e pernas. Além disso, pode vir acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômito, dor de cabeça, cansaço, diarreia, entre outros. >
Conforme explica a ginecologista Juliana Sperandio, parceira de Pantys, marca de calcinhas absorventes para menstruação, maternidade e incontinência, durante o período menstrual ocorre a descamação da camada interna do útero, chamada de endométrio. Então, ele é eliminado pela vagina em forma de sangue. >
“Neste período, as contrações uterinas aumentam, justamente para auxiliar na eliminação do endométrio. Para auxiliar neste processo, há aumento de mediadores inflamatórios locais, e isso, associado à contratilidade uterina aumentada, pode causar dor do tipo cólica”, acrescenta a médica. >
A cólica menstrual é classificada em: >
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Alguns fatores podem influenciar na intensidade da cólica menstrual, como estresse, uso de pílula anticoncepcional, idade, condições médicas (como a endometriose), exercícios físicos em excesso ou de exaustão e consumo de alimentos que causam distensão abdominal (como os processados). >
“O mais importante é você perceber esses fatores no dia a dia, como eles te impactam ao longo do ciclo menstrual, e acolher seu corpo nestes momentos, evitando estes fatores de piora da dor”, recomenda Juliana Sperandio. >
Algumas medidas não medicamentosas podem ajudar a reduzir a intensidade da cólica ou, até mesmo, cessá-la por um período. Juliana Sperandio recomenda o uso de compressas quentes na região da pelve e lombar, pois ajuda a relaxar os músculos uterinos. Outra dica da ginecologista é realizar massagens na região lombossacral (região baixa das costas), para reduzir a tensão muscular. >
Além disso, também é possível apostar em: >
Praticar atividades físicas leves, como caminhada ou ioga, pode aumentar a circulação sanguínea e liberar endorfinas, substâncias naturais que podem ajudar a reduzir a dor. >
Consumir frutas, legumes, grãos integrais e muita água, ajuda a reduzir a inflamação do corpo e manter a hidratação. >
Relaxar e descansar é importante para ajudar a amenizar a cólica e reduzir as contrações dos músculos. >
Tomar chás de camomila, de gengibre, de hortelã e de erva-doce pode ajudar a reduzir a cólica menstrual. Isso porque essas ervas possuem propriedades calmantes e anti-inflamatórias. >
Eles podem contribuir para a retenção de líquidos e agravar o desconforto da cólica menstrual. >
Além disso, medicamentos também podem ser utilizados para reduzir a cólica. No entanto, eles só devem ser consumidos com orientação médica. A automedicação pode oferecer riscos à saúde e camuflar sinais de um problema mais grave. >
Para Juliana Sperandio, as mulheres e outras pessoas com útero foram sempre ensinadas que sentir dor durante a menstruação é normal e que devem se adaptar a ela. No entanto, a dor pode ser sinal de que algo no corpo não está bem. Ainda segundo a médica, a normalização da dor, nos impede de olhar de fato para o nosso corpo e identificar problemas de saúde. >
Por isso, a ginecologista indica procurar um ginecologista ao apresenta um ou mais destes sintomas que causa dor e comprometimento da qualidade de vida: >
Dessa forma, é possível investigar e tratar possíveis problemas de saúde como endometriose, adenomiose e miomas uterinos. >
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