Podrão: ameaçado de extinção, capixabas devem ajudar na recuperação da espécie

Vitória
Publicado em 04/07/2022 às 13h55
Sanduíche, lanche, hamburguer

Hambúrguer gourmet está levando os podrões a serem extintos. Crédito: Shutterstock

Nem só de hambúrguer gourmet e blends vive o homem. A batata palha e o sódio da carne industrial também fazem parte de uma dieta efetivamente alegre.

O número de lanchonetes que servem o célebre "Podrão" diminuiu de forma alarmante nos últimos anos, principalmente na Grande Vitória. "A extinção é causada por diversos fatores", é o que afirma o entomologista gastronômico Joseph MCFood, da Universidade do Tennessee.

"Se nada for feito, seremos todos obrigados a comer apenas comidas artesanais superiores a 70 reais em pouco tempo. E essa catástrofe está muito mais próxima do que a sociedade capixaba pensa", diz MCFood.

Enquanto isso, em Jardim Camburi, o entusiasta de lanches podrão, Fábio Podreira, já está investindo no "Museu do Podrão", em um galpão alugado, que já está em obras. Fábio diz comprar rotineiramente os últimos "podrões" disponíveis na capital, preservando-os a vácuo para que futuras gerações possam pelo menos ver de perto esse fenômeno que já está com os dias contados.

Apesar de tanta tristeza, há ainda uma gota de esperança. Na semana passada, foi noticiado o nascimento de um filhote de podrão em uma lanchonete (uma das últimas ainda abertas na capital).

O parto foi realizado de forma natural pelo chapeiro Jefferson. O filhote é saudável e nasceu pesando cerca de 400 gramas. Segundo o proprietário do estabelecimento, a gestação desta espécie dura entre 5 a 10 minutos e sempre emociona a equipe presente.

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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