Faustão: veja 6 fatos que você precisa saber sobre doação de órgãos

O país tem uma das maiores filas de espera do mundo por transplantes, mas também tem o maior sistema público de transplantes

O apresentador Fausto Silva, o Faustão

Em 2022 foram quase 26 mil cirurgias de transplante no país, sendo 359 de coraçãoo. Crédito: Renato Pizzutto/Band

De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil é o segundo país que mais faz transplantes, perdendo só para os Estados Unidos. Uma curiosidade é que o país tem uma das maiores filas de espera do mundo por transplantes, mas também tem o maior sistema público de transplantes. Isso acontece pelo SUS, onde os pacientes recebem tudo de graça, incluindo exames, cirurgia, acompanhamento e remédios depois do transplante.

Para se ter uma ideia, em 2022 foram quase 26 mil cirurgias de transplante no país, sendo 359 de coração. Já no primeiro semestre deste ano, foram realizados 206 transplantes de coração, um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Ministério da Saúde.

Após o procedimento cirúrgico realizado pelo apresentador Faustão, esse assunto tem gerado diversas dúvidas e curiosidades nas últimas semanas, e para esclarecer o que você não sabe sobre doação de órgãos, a especialista em transplantes cardíacos e membro do Doctoralia, Fernanda Almeida Andrade, lista 6 fatos sobre o tema. Confira!

1. Imunossupressão

A maioria dos receptores precisam tomar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para evitar a rejeição do órgão doado . Esses medicamentos suprimem o sistema imunológico do receptor para que ele não ataque o órgão transplantado.

2. Doação em Vida

Não apenas órgãos podem ser doados em vida, mas também parte do fígado, pulmão, pâncreas e rins. Doadores vivos são tipicamente parentes próximos ou amigos do receptor e passam por extensos testes de compatibilidade e avaliação médica.

Imagem Edicase Brasil

O coração do doador pode continuar a bater mesmo após a remoção do órgão para transplante. Crédito: Rasi | Shutterstock

3. Coração pode continuar a bater

Em alguns casos, o coração do doador pode continuar a bater mesmo após a remoção do órgão para transplante. Isso ocorre porque o sangue rico em oxigênio ainda está sendo circulado no corpo após a morte cerebral e também possui um sistema de condução elétrica próprio, independente do sistema neurológico.

4. Primeiro transplante bem-sucedido

O primeiro transplante bem-sucedido de órgão humano foi um transplante de rim realizado em 1954. O doador e o receptor eram gêmeos idênticos, o que minimizou o risco de rejeição do órgão transplantado.

5. Primeiro transplante de coração

O primeiro transplante de coração humano foi realizado em 1967 pelo cirurgião Christian Barnard, na África do Sul. O receptor sobreviveu por 18 dias após o transplante.

6. Mãos e rostos

Além de órgãos internos, mãos e rostos também podem ser transplantados. Esses procedimentos complexos podem melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas que sofreram lesões graves ou deformidades.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Saúde
Viu algum erro?

Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível