Publicado em 15 de setembro de 2022 às 20:30
Na cultura popular, ela é um líquido gelatinoso e amarelado, que fica no interior dos ossos e é chamado de “tutano”. Em termos médicos, ela é conhecida como medula óssea, um fluido de fundamental importância, que desempenha papel crucial para o corpo, pois é onde são produzidas células do sangue. E o seu transplante pode ajudar no tratamento de mais de 80 doenças.>
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, em 2022 comemorado no dia de 17 de setembro, foi criado para dar ênfase à importância da realização do cadastro de medula. Leucemias, linfomas, mielomas múltiplos, alguns tipos de anemia, doenças imunes e diversas síndromes podem ser tratadas com o transplante de medula óssea.>
“O grande desafio é encontrar uma medula compatível com a do paciente, para que não haja rejeição pelo organismo. Portanto, quanto mais pessoas estiverem cadastradas, maiores as chances de salvarmos vidas”, analisa o hematologista Douglas Covre Stocco.>
O cadastro de medula pode ser feito em qualquer hemocentro brasileiro, e é um procedimento simples. O candidato a doador precisa ter entre 18 e 34 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doenças infecciosas, hematológicas, autoimunes ou oncológicas.>
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Para realizar o cadastro, é preciso levar um documento de identificação com foto e preencher o formulário do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que é entregue no próprio hemocentro.>
"Além dessa parte burocrática, o candidato também tem uma pequena porção, de apenas 5 ml, de sangue coletado no dia do cadastro, através de uma pequena punção. Através desse sangue, serão feitas as análises genéticas e o arquivamento de dados, para testar a compatibilidade com os pacientes que entram na fila do transplante de medula", explica Stocco.>
Desse ponto em diante, é importante que o doador mantenha seu cadastro atualizado junto ao Redome. Mudanças de endereço ou de número de telefone devem sempre ser notificadas, pois, caso o doador seja compatível com um paciente na fila e não seja possível contatá-lo, uma vida pode ser perdida.>
“Entre pessoas que não possuem nenhum grau de parentesco, as chances de compatibilidade de medula são de uma em 100 mil. Por isso, tão importante quanto se cadastrar é manter seus dados de contato atualizados, pois você pode ser a pessoa que, sozinha, pode ajudar a salvar uma vida”, indica o médico.>
Atualmente, existem dois tipos de doação de medula óssea: por meio de punções na região pélvica ou por um processo chamado aférese, onde as células-tronco são coletadas diretamente da corrente sanguínea.>
“A depender da necessidade do receptor e do desejo do doador, a equipe médica vai decidir qual o tipo de doação mais indicado. Na coleta de medula por punções, são feitos acessos na região pélvica do doador, sem dor, pois o procedimento é realizado com anestesia geral. O paciente pode sentir um incômodo na região por alguns dias, mas que se resolve, em média, em uma semana. O período de internação é rápido, de cerca de 24 horas”, detalha.>
“Já no caso da aférese, o doador recebe uma medicação que estimula as células-tronco, permitindo que elas sejam coletadas através do sangue, sem precisar acessar diretamente a medula. O procedimento leva de 3 a 4 horas e o paciente é orientado a fazer repouso no dia, estando apto a retomar suas atividades normalmente a partir do dia seguinte à doação”, tranquiliza Stocco.>
Em qualquer hemocentro do território brasileiro, é possível se cadastrar e se tornar um doador de medula. Depois que seu registro é feito, seus dados ficam no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Quem deseja se tornar doador de medula precisa ter entre 18 e 34 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doenças infecciosas, hematológicas, autoimunes ou oncológicas.
Sim. O candidato precisa levar documento de identificação com foto e preencher o formulário do Redome, que é entregue no hemocentro.
O preenchimento do formulário pode levar de 10 a 15 minutos, e você responderá a diversas perguntas sobre seu estado e histórico de saúde. Para realizar o cadastro de medula, uma quantidade de apenas 5 ml de sangue é necessária. Esse sangue, normalmente, é coletado através de um acesso venoso comum e é utilizado para identificar as informações genéticas necessárias para saber a compatibilidade do doador com possíveis receptores.
Não. O cadastro consiste apenas na coleta dos 5 ml de sangue para arquivamento das informações genéticas. A partir daí, seus dados ficam no Redome e, caso alguém que precise de uma doação de medula seja compatível com você, o sistema entrará em contato através do número de telefone cadastrado. Por isso é tão importante manter seu cadastro de medula atualizado no hemocentro. Caso seu número de telefone mude, avise o quanto antes. Isso pode salvar uma vida!
*Com informações da Atha Comunica>
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