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Publicado em 9 de setembro de 2022 às 07:00
O acidente vascular cerebral (AVC) é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada no cérebro. Dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) mostram que uma em cada quatro pessoas de sua convivência vai ter um AVC.>
“A cada seis segundos alguém sofre um AVC no mundo. São 80 milhões de sobreviventes, população maior que a da França. E 80% dos AVC's poderiam ser evitados com medidas simples, como dieta balanceada, controle da hipertensão arterial e atividade física”, explica o neurologista Igor Pagiola, neurointercencionista do Hospital Estadual Central. >
O neurologista Paulo Nakano, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que os AVCs são divididos em isquêmico e hemorrágico. O primeiro é caracterizado pela obstrução arterial, que leva a interrupção do suprimento sanguíneo e consequente o bloqueio na entrega de oxigênio e nutrientes. "O AVC hemorrágico é representado pela ruptura da artéria e, além da diminuição do fluxo sanguíneo, ocorre também um aumento de pressão local, levando ao sofrimento dos neurônios ao redor". Adotar hábitos no dia a dia ajudam a evitar a doença.>
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Igor Pagiola conta que os principais fatores de risco estão relacionados à má qualidade de vida, como sedentarismo, obesidade e sobrepeso, má alimentação, tabagismo e consumo de álcool. "A hipertensão arterial, o colesterol alto e o diabetes são fatores de risco importantes", diz o médico.>
HZ perguntou aos profissionais como identificar se a pessoa está tendo um AVC e como proceder. O médico Paulo Nakano diz que os principais sinais da doença são o desvio da boca, a diminuição de força, a sensibilidade ou alteração de coordenação de um lado do corpo, a dor de cabeça intensa ou fora do habitual do paciente e a tontura intensa e contínua. >
O tratamento se divide de acordo com o tipo de AVC e o tempo decorrido dos sintomas. "Para o tratamento do AVC isquêmico, nas primeiras quatro horas e meia de início dos sintomas, podemos indicar um procedimento chamado trombólise, onde administramos um medicamento na veia do paciente com o objetivo de desobstruir a artéria. Além deste medicamento, contamos também com um procedimento chamado trombectomia, na qual através do sistema mecânico, com a introdução de um cateter até a obstrução, conseguimos retirar este coágulo", diz Paulo Nakano. Em casos hemorrágicos, pode ser necessário fazer uma cirurgia. >
Os médicos ressaltam que, a partir do início dos sintomas, o tempo para tratá-lo é limitado. No hospital, a equipe médica avaliará as características e o tipo de AVC para decidir qual a melhor forma de tratamento. Ele pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Porém, é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade. >
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