AVC: saiba quais são os sintomas da doença vivida por Sidney Magal

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Porém, é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade

Sidney Magal passa mal durante show em São José dos Campos

Sidney Magal passa mal durante show em São José dos Campos. Crédito: Reprodução/Instagram/@sidneymagaloficial

O cantor Sidney Magal ficou internado por de dez dias. Ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no palco durante um show em São José dos Campos, no mês passado. Foi um "pequeno sangramento espontâneo agudo no cérebro", sem sequelas, devido a uma crise de hipertensão arterial.

Na entrevista para o Fantástico, Magal contou o que passou pela sua cabeça quando começou a sentir o mal-estar durante o show. "Eu fiquei muito assustado. Será que eu vou embora assim? E é uma coisa que eu pedi sempre a Deus. Não quero morrer no palco, apesar de amar o palco, mas para mim é um lugar de energia, de alegria". 

Magal revela que toma remédio pra hipertensão há muito tempo, mas o médico ressalta que, mesmo tomando os comprimidos, a medicação sozinha não resolve. “Então eu sei que agora eu tenho que me comportar, sou uma pessoa que eu como demais, eu bebo demais. Eu amo demais. Tudo na minha vida é demais”, disse Magal.

A DOENÇA

O acidente vascular cerebral AVC é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada no cérebro. “A cada seis segundos alguém sofre um AVC no mundo. No mundo, são 80 milhões de sobreviventes, população maior que a da França. E 80% dos AVCS poderiam ser evitáveis com medidas simples, como dieta balanceada, controle da hipertensão arterial e atividade física”, explica o neurologista Igor Pagiola.

O médico conta que os principais fatores de risco estão relacionados à má qualidade de vida, como sedentarismo, obesidade e sobrepeso, má alimentação, tabagismo e consumo de álcool. "A hipertensão arterial, o colesterol alto e o diabetes são fatores de risco importantes, por isso é importante serem acompanhados regularmente", diz.

O neurologista Paulo Nakano explica que os AVCs são divididos em isquêmico e hemorrágico. O primeiro é caracterizado pela obstrução arterial, que leva a interrupção do suprimento sanguíneo e consequente o bloqueio na entrega de oxigênio e nutrientes. "O AVC hemorrágico é representado pela ruptura da artéria e, além da diminuição do fluxo sanguíneo, ocorre também um aumento de pressão local, levando ao sofrimento dos neurônios ao redor". 

Paulo Nakano diz que os principais sinais da doença são o desvio da boca, a diminuição de força, a sensibilidade ou alteração de coordenação de um lado do corpo, a dor de cabeça intensa ou fora do habitual do paciente e a tontura intensa e contínua.

TRATAMENTO

O tratamento se divide de acordo com o tipo de AVC e o tempo decorrido dos sintomas. "Para o tratamento do AVC isquêmico, nas primeiras quatro horas e meia de início dos sintomas, podemos indicar um procedimento chamado trombólise, onde administramos um medicamento na veia do paciente com o objetivo de desobstruir a artéria. Além deste medicamento, contamos também com um procedimento chamado trombectomia, na qual através do sistema mecânico, com a introdução de um cateter até a obstrução, conseguimos retirar este coágulo", diz Paulo Nakano.

Em casos hemorrágicos, pode ser necessário fazer uma cirurgia. Os médicos ressaltam que, a partir do início dos sintomas, o tempo para tratá-lo é limitado.

No hospital, a equipe médica avaliará as características e o tipo de AVC para decidir qual a melhor forma de tratamento. Ele pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Porém, é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade.

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