Publicado em 29 de outubro de 2021 às 14:48
- Atualizado há 4 anos
O cantor Wesley Safadão, a mulher dele, Thyane Dantas, e a assessora do músico, Sabrina Tavares, negaram acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE) na manhã da quinta-feira (28). A tentativa de entendimento apura se o trio furou a fila da vacinação contra a Covid-19 em Fortaleza, no dia 8 de julho. >
Safadão usou o Instagram Stories para se manifestar sobre o ocorrido. O cantor afirma não ter chegado a um acordo com o MPCE porque queriam que ele se declarasse culpado e por exigirem uma quantia equivalente a R$ 1 milhão, "sendo que para um cidadão comum o valor é infinitamente menor". >
Segundo nota enviada pelo MPCE ao F5, o órgão judicial propôs o pagamento de prestação pecuniária de 360 salários mínimos para Wesley, 360 salários mínimos para Thyane e 25 salários mínimos para Sabrina, cujo valor total seria destinado para entidade pública ou privada com destinação social. O comunicado esclarece que cada quantia foi calculada "considerando parâmetros legais e a estimativa da capacidade econômico-financeira de cada investigado". >
Ao negarem a tentativa de acordo, eles propuseram o pagamento de 50 salários mínimos, o que foi recusado pelo MPCE. A nota diz ainda que a motivação para o processo envolve não apenas a vacinação de Wesley e Sabrina -- que o fizeram dentro da data prevista --mas também a imunização de Thyane, que sequer estava agendada para aquele dia, porém foi beneficiada pelo desvio de uma das doses da vacina. >
>
"Acrescente-se ainda que, com o intuito de beneficiar a vacinação do cantor, da esposa e da assessora, o MPCE investiga suposta movimentação de setores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza para que funcionários terceirizados pudessem facilitar a vacinação dos investigados', afirma o documento, complementando que em novembro designará uma data para que tal suspeita seja investigada. >
A nota explica também que o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) impõe que, para a celebração do entendimento entre as partes, haja confissão circunstanciada dos fatos. "O MPCE não exigiu declaração de culpa dos investigados, mas a própria legislação determina isso no artigo 28-A do Código de Processo Penal", diz trecho do documento. >
"Considerando a natureza pública da investigação, o Ministério Público não aceitou o pedido de sigilo de eventual confissão proposto pelos suspeitos", informa a nota que finaliza afirmando que um acordo ainda pode ser realizado e que, caso não ocorra, os próximos passos do processo serão avaliados. >
Safadão admitiu que foi um equívoco se vacinar em lugar diferente do que foi determinado para ele, mas disse que fez isso por ter sido orientado a evitar o local em que estava cadastrado para se imunizar devido a lotação. "Sempre fui muito transparente com meu público, até demais! Se eu achasse que estava fazendo algo errado, ou cometendo um crime, vocês acham mesmo que eu publicaria?", questionou. >
Ele finalizou o anúncio se desculpando pelo erro e dizendo que está triste com tudo que aconteceu. "Peço perdão à população da minha cidade, do meu país. Hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha problema algum essa mudança e eu acreditei. Realmente fui mal orientado", lamentou.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta