Silvio de Abreu vai desenvolver novelas e séries para a HBO

Mônica Albuquerque, ex-diretora de Desenvolvimento Artístico da Globo, foi a responsável pela contratação do autor

  • Cristina Padiglione

Ex-diretor do núcleo de Teledramaturgia da Globo e autor de várias novelas de sucesso no histórico da emissora, Silvio de Abreu é mais um profissional contratado pela WarnerMedia, que responde pelo canal e streaming da HBO, além dos canais antes abrigados sob o guarda-chuva da Turner, como Cartoon, Space, TNT e o próprio Warner Channel.

Autor de sucessos como "Guerra dos Sexos", "Rainha da Sucata", "A Próxima Vítima" e "Belíssima", Abreu chega ao escritório brasileiro do conglomerado americano pelas mãos de Mônica Albuquerque, ex-diretora de Desenvolvimento Artístico da Globo, com quem o dramaturgo dividiu muitas escolhas, decisões e soluções de problemas entre 2013 e 2020, durante a gestão de Carlos Henrique Schroder à frente da direção-geral da Globo até o final do ano passado, quando o presidente do grupo, Jorge Nóbrega, coordenou uma grande dança de cadeiras nos postos de alto comando.

O dramaturgo Sílvio de Abreu foi contratado para desenvolver novelas e séries para a HBO

O dramaturgo Sílvio de Abreu foi contratado para desenvolver novelas e séries para a HBO. Crédito: Zé Paulo Cardeal/ Rede Globo

A informação sobre a chegada de Abreu à WarnerMedia foi dada em primeira mão nesta sexta-feira (29) pela coluna do jornalista Flávio Ricco no R7 e confirmada pela colunista Cristina Padiglione, da Folha de S Paulo. Ricco informa ainda que Edna Palatinik, que dividia as tarefas com Albuquerque e Abreu no núcleo de dramaturgia, também foi contratada pela WarnerMedia.

A chegada desses profissionais à nova empresa representam não só o aproveitamento da WarnerMedia de profundos conhecedores do mercado de dramaturgia no Brasil, mas também uma reestruturação do que até bem pouco tempo atrás representava a HBO e os canais da Turner.

INOVAÇÃO

Houve um momento, no início dos anos 2000, que a HBO despertava alguma inveja nos profissionais da Globo, em razão das produções arrojadas e fora do padrão até ali estabelecido como única linguagem de qualidade no audiovisual de TV. Mas títulos como "Mandrake" e "Filhos do Carnaval", que despertaram em diretores e autores da maior produtora de dramaturgia nacional uma sensação de estagnação em sua dramaturgia, foram erguidos sob uma estrutura completamente diferente do que sempre foi a Globo e do que agora começa a parecer a WarnerMedia.

A maioria das séries da HBO, que também tem em seu portfólio produções como "O Negócio", "Magnífica 70", "O Pico da Neblina" e o semanal "GregNews", foi concebida sob o comando de apenas dois executivos, Roberto Rios e Maria Angela de Jesus, hoje na Viacom, e encomendada a produtoras independentes.

A Warner nunca contou com um time próprio de roteiristas e cineastas, como Albuquerque vem desenhando desde a sua chegada, período também transformado pela chegada do serviço de streaming HBO Max. Os canais HBO já tinham um serviço próprio de streaming para o seu catálogo, a HBO GO, mas a HBO Max agrega novas pretensões de produção de conteúdo para fazer frente à Netflix, Amazon, GloboPlay, Disney e Paramount.

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Há dois meses, Albuquerque tirou da Globo as diretoras Flávia Lacerda e Joana Jabace, esta última ainda concorrendo a um Emmy Internacional pela série "Diário de um Confinado", protagonizada por seu marido, Bruno Mazzeo.

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