"Fantástico": Viih Tube e Eliezer desabafam sobre ofensas à filha, Lua

"Isso não é uma opinião, é um ataque", diz a influencer. Os comentários começaram quando a criança ainda estava no período de amamentação

Viih Tube, Eliezer e a filha, Lua, durante entrevista ao 'Fantástico' exibida em 19 de novembro de 2023

Viih Tube, Eliezer e a filha, Lua, durante entrevista ao 'Fantástico' exibida em 19 de novembro de 2023. Crédito: Reprodução de 'Fantástico' (2023)/TV Globo

Viih Tube e Eliezer, pais de Lua, de sete meses, comentaram ofensas feitas à filha nas redes sociais, em entrevista ao Fantástico deste domingo, 19. “Isso não é uma opinião, é um ataque”, diz a influencer sobre as ofensas que passaram a receber sobre o corpo da filha desde os três meses.

“‘Do que adianta nascer rica, mas ser obesa?’. ‘Tinha tudo pra ser linda, mas é obesa. Tadinha’. ‘Ela vai explodir (risos)’. Esses comentários estão na foto de um bebê de sete meses”, diz Eliezer.

Os comentários começaram quando Lua estava no período de amamentação. Inicialmente, as várias ‘opiniões’ dos seguidores dos ex-participantes do Big Brother Brasil nas redes pareciam apenas dicas para ajudar, mas após publicar o vídeo de uma visita a pediatra, a situação começou a piorar. “As pessoas não estão preocupadas com a saúde da Lua, elas querem atacar”, diz Eliezer.

As ofensas foram intensificadas após Viih Tube anunciar que Lua já tinha R$ 1 milhão. Na ocasião, ela contou que todo o dinheiro de publicidade ganho com a imagem da filha, iria para uma conta no nome da bebê. Viih Tube e Eliezer cogitaram parar de compartilhar vídeos e fotos com a filha, mas desistiram da ideia por entenderem que não são culpados pelos comentários que recebem.

“No travesseiro, ele só chora. E chora de chorar mesmo, de perder o fôlego, porque ele sente que ele não tem o que fazer. É isso que me toca, de não conseguir proteger não só a minha filha, mas a minha família”, comentou Viih emocionada.

A influencer lembra que desde os 11 anos mostra o cotidiano nas redes, e não foi diferente no período da gestação. “Não me arrependi de forma alguma, porque ajudei inúmeras mães e me fez muito bem ouvir e ter essa troca. A gente está postando uma foto da nossa família feliz, é algo natural para a gente.” conta a influencer.

Cansados da situação, o casal não vão mais tolerar qualquer tipo de ofensa. “Sinceramente, eu acho que as pessoas só vão começar a sentir quando mexer com o bolso delas. Aí processou, então tem que pagar”, diz Viih Tube.

“Elas vão responder por calúnia, difamação e injúria. [A internet] não é uma terra sem lei. É preciso responsabilizar cada um daqueles indivíduos pelos atos cometidos. Um único comentário agride muitas pessoas, esse tipo de coisa a gente não pode tolerar”, comenta Pedro Mansur, advogado de Viih Tube e Eliezer.

EXPOSIÇÃO NAS REDES

O psicanalista, Leonardo Goldberg, explicou ao Fantástico que, ao tentar responsabilizar o casal pelos ataques que recebem, por serem famosos, as pessoas acabam invertendo a lógica da violência e culpando a vítima. Ele conta ainda que o motivo das pessoas ofenderem e agredirem um bebê, pode estar na imagem de felicidade que a família transmite.

“Apresento um bebê como um projeto, com certas garantias. Isso provoca no outro, que não tem essas mesmas garantias e acessos, um profundo mal-estar. Então eu vou provocar essa reação, um comentário extremamente agressivo, vou mostrar que ele é humano”, analisa Goldberg.

Na perspectiva do pai de Lua, existe um incômodo e, por isso, as pessoas querem punir a família. ‘Já falei da aparência do pai, não funcionou. Já falei da aparência da mãe, não funcionou. Então vamos falar da filha, porque usando ela a gente sabe que consegue puni-los’”, comenta Eliezer.

Dois projetos de lei foram inspirados na questão de publicações de imagens e vídeos de crianças nas redes por pais e responsáveis. O presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Rodrigo Pereira, apontou que o direito a privacidade dos menores no Brasil ainda é complexo: “Será que os pais podem fazer isso? Ou será que o Ministério Público pode saber mais que os pais? Então, essa é a verdadeira questão, o limite de intervenção do Estado na vida privada do cidadão”.

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