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Publicado em 3 de outubro de 2025 às 14:51
Entre vales e cafezais, Muqui guarda um dos conjuntos arquitetônicos mais preservados do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, se reinventa com experiências gastronômicas e culturais. O Sítio Histórico de Muqui reúne mais de 200 casas tombadas, com casarões que exibem sacadas de ferro, vitrais e detalhes ecléticos de um período em que a cidade foi polo de circulação de gente e riqueza. >
A linha do trem, que no passado ligava a região diretamente ao Rio de Janeiro, ajudou a escoar produção, trazer modas e consolidar um traço cosmopolita que ainda ecoa na paisagem urbana. No centro, a Igreja Matriz São João Batista - em estilo neogótico de fachada imponente - é um dos marcos da cidade e funciona como referência visual para quem percorre o casario.>
E, para mergulhar ainda mais fundo no passado, o Solar do Lagarto abre portas: o casarão histórico propõe uma viagem no tempo com objetos e histórias da época; ali também funcionam hospedagem e um espaço para eventos culturais, conectando memória e contemporaneidade.>
A história de Muqui também se conta na xícara. O café produzido no município, com destaque para o conilon especial, já foi eleito o melhor do Brasil em diferentes premiações, fazendo do grão um embaixador local. Em fazendas e cafeterias, não faltam relatos sobre terroir, processos e colheita seletiva.>
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Reformado recentemente, o Mercado Regional virou ponto de encontro. O espaço abriga pastelaria, bar de drinks, comida árabe, doces e uma agenda de atividades culturais, reunindo moradores e visitantes em torno de música, feiras e ações educativas. É o lugar ideal para provar sabores da região, bater papo e observar a vida passar entre uma receita e outra.>
Muqui pulsa cultura o ano inteiro. Nas ruas e salões, sobrevivem e se renovam manifestações como Rei de Bois, Ticumbi e Caxambu, que reúnem batuques, coro, indumentárias e memória coletiva. No calendário, o Festival de Cinema de Muqui ocupa casarios e espaços públicos, aproximando a sétima arte do patrimônio histórico e convertendo a cidade em set a céu aberto.>
A mais nova vitrine turística atende por Rota do Dragão. O nome, no mínimo curioso, é inspirado em uma pedra com desenho que lembra a criatura mítica. Ao longo do trajeto, surgem empreendimentos que somam charme e hospitalidade. >
No sítio Flor e Café, da Helen, (com agendamento) o visitante vive a experiência de um café em um “jardim secreto”: um pequeno labirinto de plantas gigantes que mistura curiosidade e fantasia. Com bolos, pães, cafés premiados e o famoso suco de bougainville (flor da região), o turista se delicia e vive momentos de descanso. >
Para quem busca relaxar com conforto, a Tânia Alves Guest House oferece acomodações de luxo - um oásis de silêncio e cuidado em meio ao casario. O local conta com poucas unidades (propositalmente), possui piscina, sauna e quartos completos. Tem até com ofurô. >
Muqui oferece um raro equilíbrio: patrimônio preservado, café premiado, gastronomia em ascensão e novas rotas de experiência. É destino para caminhar sem pressa, conversar com moradores, fotografar fachadas, provar cafés e deixar que a cidade revele, esquina a esquina, por que segue sendo um dos roteiros mais completos do Sul do Espírito Santo.>
A temporada do programa Destinos Capixabas está no ar todos os sábados, às 8h30, na TV Gazeta. Sob o comando do jornalista Felipe Khoury, a atração leva o telespectador a diferentes localidades do Espírito Santo, revelando paisagens deslumbrantes, experiências de aventura, histórias marcantes e curiosidades que ajudam a compreender a identidade e a riqueza cultural de cada destino visitado. >
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