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Publicado em 31 de outubro de 2025 às 09:26
Nem tudo que arrepia é “mal-assombrado”. Às vezes, é história, lenda, silêncio e paisagem. Reunimos pontos do Espírito Santo que carregam mistérios, simbolismos e casos curiosos para olhar com outros olhos. É turismo, mas com respeito: há desde locais sagrados a sensíveis.>
Afinal, se mistério também é cultura, o turismo macabro do ES é um mapa de memórias. São histórias que contam quem fomos e por onde passamos. Vai por mim: com respeito e curiosidade, dá para arrepiar e aprender ao mesmo tempo.>
No cemitério municipal, o jazigo de Maria Gilda virou ponto de promessa e curiosidade. Segundo a lenda, após uma bebê morrer afogada em 1923, seu túmulo enche de água até hoje em Santa Leopoldina. Há quem vá para atestar a veracidade da água e até mesmo pegar o líquido que dizem ser milagroso. >
Entre lápides tradicionais, alguns túmulos voltados no sentido oposto chamam atenção em Santa Maria de Jetibá. As explicações variam entre uma tradição pomerana, costume familiar, crença religiosa e simples orientação do terreno - e é nessa dúvida que mora o fascínio.>
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Um corredor de quilômetros de vagões abandonados, em Ibitiruí, desenha uma paisagem de ferro, ferrugem e silêncio. Fotogênico e inquietante, o lugar rende cliques impactantes e aquela sensação de “cidade fantasma” ferroviária. Um local surpreendente e um tanto quanto macabro.>
Entre rocha e mata, o antigo túnel ferroviário ecoa passos e histórias curiosas. Durante o dia, o local virou um ponto turístico famoso para os corajosos. A aventura é divertida: descer os degraus do túnel no escuro. Leve lanterna e tome cuidado para não se assustar com os morcegos. >
Esse não é um ponto turístico, mas a história intriga muita gente. Cruzamentos e memoriais à beira da estrada chamam atenção por quem passa em um trecho da BR 101, no km 457, em Mimoso do Sul. O motivo das sepulturas no local é que há cerca de um século existia um cemitério, que inclusive, era voltado a pessoas que perderam a vida para a Gripe Espanhola.>
No Museu Solar Monjardim, uma das casas mais antigas do estado, correm relatos de vozes e passos noturnos atribuídos ao barão. Lenda? Eco do casarão? A visita guiada entrega história - e um friozinho na espinha.O horário de funcionamento é de terça a sexta, das 9 às 12h e das 13h30 às 16h30, e nos sábados, domingos e feriados, das 13 às 17h.>
Branca no alto do morro, a igreja e residência jesuítica do século XVI guarda lendas de passagens, ossários e relíquias. O conjunto arquitetônico é belíssimo; já as histórias, melhor ouvir dos guias locais. Cabe ressaltar que no passado, o local onde é Igreja já foi uma prisão.>
Reza a lenda que as pessoas viam uma fumaça e esta era chamada de fogo fato, que saia dos cadáveres do cemitério. A população dizia que ouvia negros gritando, que eram fantasmas, assombrações, devido esse gás. Também contam que um homem, ao ser preso na sexta-feira de lua cheia, começava a uivar.>
O nome já prepara o clima: a formação rochosa cercada por lendas é um ponto turístico de Atílio Vivácqua. Na localidade de Praça do Oriente, a pedra está a cerca de sete quilômetros da sede. A subida até a caverna, que tem um grande salão de pedra a 605 metros de altitude, dura cerca de uma hora de trilha e o acesso ao lugar passa por uma propriedade particular.>
A história que foi difundida entre os moradores é a de que, na década de 30, um caçador encontrou sete esqueletos, próximo do topo. Na época, o contexto que acabou famoso entre quem mora na pequena cidade é que um rico fazendeiro, dono de terras na região, fez um pacto com o diabo - e um urubu o assombrava nos últimos dias de sua vida.>
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