Repórter do HZ / [email protected]
Publicado em 4 de outubro de 2023 às 08:00
Morando no Rio de Janeiro desde 1986 - quando partiu em busca de novos ares na carreira artística -, Elisa Lucinda nunca escondeu que tem orgulho de ser capixaba. >
Homenageada nacional da 30ª edição do Festival de Cinema de Vitória, realizado na última semana, Lucinda, que além de atriz é poeta, cantora, diretora e produtora (só para listar alguns de seus atributos), conversou com HZ e falou sobre a possibilidade de usar a honraria para divulgar o Estado. Ela também descreveu o sentimento de ser reconhecida por sua arte em sua terra, em sua "panela de barro", como ela adora "poetisar". >
"A graça de ser reconhecida pela sua "panela de barro", ainda mais para mim, que sou 'capixabista', é um acontecimento emocional", responde. "Uma das coisas que queria, mesmo não sabendo se iria conseguir, era ser o orgulho capixaba. Nós temos que levar o Espírito Santo no peito".>
Durante o bate-papo, Elisa relembrou de papéis marcantes na televisão, como em "Mulheres Apaixonadas" e "Páginas da Vida", ambas de Manoel Carlos. Na última, deu vida a Selma, uma médica negra e de cabelo crespo, como gosta de ressaltar, quebrando paradigmas para uma época em que o audiovisual brasileiro ainda estava engatinhando quando o assunto era desmistificar o estigma de personagens negros, quase sempre atrelados à escravidão ou a trabalhos domésticos.>
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A artista também ressaltou o sucesso de Marlene, na recém-encerrada "Vai na Fé". "Foi uma novela que marcou história. Cerca de 80% do elenco era formado por atores negros, inclusive os protagonistas. Marlene foi muito acolhida nas ruas, como também chamou a atenção para a alopecia (doença que provoca queda capilar em tufos de áreas da cabeça)", considera.>
Na conversa, sobrou espaço para Elisa Lucinda relembrar o início da carreira no Estado, falou abertamente sobre sexualidade na terceira idade, do relacionamento com o fotógrafo Jonathan Estrella, 32 anos mais jovem, e declarou o seu amor à Vila de Itaúnas, um local que a reenergiza e que chama carinhosamente de "utopia". Vem com a gente!>
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