"Temos que levar o Espírito Santo no peito", afirma Elisa Lucinda

Homenageada no Festival de Cinema de Vitória, artista conversou com HZ sobre carreira, sexualidade, papéis marcantes, o sucesso de Vai na Fé e declarou seu amor pelo Estado

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Elisa Lucinda conversou com "HZ" sobre carreira, sexualidade e seu amor pelo Espírito Santo. Crédito: Samy Ferreira

Morando no Rio de Janeiro desde 1986 - quando partiu em busca de novos ares na carreira artística -, Elisa Lucinda nunca escondeu que tem orgulho de ser capixaba. 

Homenageada nacional da 30ª edição do Festival de Cinema de Vitória, realizado na última semana, Lucinda, que além de atriz é poeta, cantora, diretora e produtora (só para listar alguns de seus atributos), conversou com HZ e falou sobre a possibilidade de usar a honraria para divulgar o Estado. Ela também descreveu o sentimento de ser reconhecida por sua arte em sua terra, em sua "panela de barro", como ela adora "poetisar". 

"A graça de ser reconhecida pela sua "panela de barro", ainda mais para mim, que sou 'capixabista', é um acontecimento emocional", responde. "Uma das coisas que queria, mesmo não sabendo se iria conseguir, era ser o orgulho capixaba. Nós temos que levar o Espírito Santo no peito".

Durante o bate-papo, Elisa relembrou de papéis marcantes na televisão, como em "Mulheres Apaixonadas" e "Páginas da Vida", ambas de Manoel Carlos. Na última, deu vida a Selma, uma médica negra e de cabelo crespo, como gosta de ressaltar, quebrando paradigmas para uma época em que o audiovisual brasileiro ainda estava engatinhando quando o assunto era desmistificar o estigma de personagens negros, quase sempre atrelados à escravidão ou a trabalhos domésticos.

A artista também ressaltou o sucesso de Marlene, na recém-encerrada "Vai na Fé". "Foi uma novela que marcou história. Cerca de 80% do elenco era formado por atores negros, inclusive os protagonistas. Marlene foi muito acolhida nas ruas, como também chamou a atenção para a alopecia (doença que provoca queda capilar em tufos de áreas da cabeça)", considera.

Na conversa, sobrou espaço para Elisa Lucinda relembrar o início da carreira no Estado, falou abertamente sobre sexualidade na terceira idade, do relacionamento com o fotógrafo Jonathan Estrella, 32 anos mais jovem, e declarou o seu amor à Vila de Itaúnas, um local que a reenergiza e que chama carinhosamente de "utopia". Vem com a gente!

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