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Luiz Schiavon, do RPM, morre aos 64 anos

Ele fundou a banda com Paulo Ricardo, foi tecladista, compositor e autor de trilhas de novelas como ‘O Rei do Gado’ e ‘Esperança’; conheça sua história

Publicado em 15 de junho de 2023 às 11:28

Luiz Schiavon, fundador do RPM, morre aos 64 anos
Luiz Schiavon, fundador do RPM, morre aos 64 anos Crédito: Instagram/@rpmoficial

Luiz Schiavon, fundador e tecladista do RPM, morreu aos 64 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do RPM. O músico tratava de uma doença autoimune havia quatro anos e, segundo sua família, teve complicações na última cirurgia a que foi submetido. O velório e o enterro do músico serão restritos à família.

Schiavon foi responsável por criar a sonoridade do RPM, banda que transformou o pop brasileiro com músicas como Olhar 43, Louras Geladas, Rotações Por Minuto e Rádio Pirata, entre tantos outros sucessos que marcaram aos anos 1980.

"É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão", diz o comunicado.

"Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele", segue o comunicado, compartilhado também pelo RPM em seu Instagram.

Luiz Antônio Schiavon Pereira Iniciou os estudos de piano erudito aos sete anos e se formou no Conservatório Mário de Andrade, em São Paulo em 1977. Ele conheceu Paulo Ricardo no ano seguinte, aos 16 anos, e juntos eles fundariam a banda Aura e, depois, o RPM, em 1983.

Antes disso, porém, ele tocou clássicos do rock na noite, estudou a técnica dos sintetizadores e da eletroacústica, formou um trio instrumental chamado Solaris e mergulhou na new wave inglesa. Nessa, época, com Paulo Ricardo morando em Londres, os dois trocaram correspondências ao longo de seis meses sobre sonhos e ideais de bandas. Na volta de Paulo Ricardo, começaram a compor o repertório do primeiro álbum da banda.

Paralelamente. Schiavon trabalhou como tecladista e arranjador de artistas iniciantes. E a futura banda foi ganhando novos membros. Fernando Deluqui chegou primeiro. Paulo Pagni veio depois, para o lugar do baterista Júnior - ele deixou o grupo porque tinha apenas 16 anos e não podia tocar na noite. O convite para os dois partiu de Schiavon. O primeiro disco do RMP, Revoluções Por Minuto, foi lançado em 1985.

A banda fez um enorme sucesso no Brasil nos anos 1980, mas, em 1987, os integrantes anunciaram a primeira separação do RMP.

PÓS-RPM

Schiavon montou uma nova banda depois do fim do RPM: a Projeto S, de pop-rock, que lançou, com certo sucesso, um único álbum.

Em 1991, assinou com a gravadora Stilleto, lançou o single Alice no País do Espelho, com Patrícia Coelho e Tzaga Silos nos vocais. No ano seguinte se dedicou a um projeto de shows ao ar livre, que durou dois anos e percorreu o Brasil. No fim, ele anunciou que estava deixando os palcos. A partir daí, voltou a focar no estúdio que havia montado anos antes, em 1988. Muitas das músicas gravadas lá viraram hits.

O músico também trabalhou com publicidade, criando jingles, e, depois, em 1996, inicia sua história com trilhas de novelas.

Como arranjador e compositor, Schiavon fez quatro músicas para O Rei do Gado, entre as quais estavam O Rei do Gado, com a Orquestra da Terra, Doce Mistério, com Leandro e Leonardo, e Pirilume, com João Paulo e Daniel. Fez ainda a trilha de Terra Nostra (1999) e de Esperança (2002), que incluiu a música Onde está o meu amor, do RPM, se estava voltando a se reunir.

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