Publicado em 22 de maio de 2022 às 09:00
Ludmilla, Luedji Luna, Jeniffer Nascimento, Iza... Isso sem contar com nomes "quentes" da cena capixaba, como Budah e Cesar MC, que lançaram um clipe para promover a série "Bel-Air", do streaming Star+. A música (e cultura) negra está "pulsante", seja na agenda lotada de shows, na luta contra o racismo ou mesmo no mercado fonográfico, pois muitos dos citados estão entre os mais ouvidos das plataformas de streaming. >
Embarcando nessa vibe de sucesso, surge o seminário "Negritar", que acontece gratuitamente entre os dias 26 e 29 de maio, em formato híbrido. As atividades rolam no canal do YouTube do cantor Tunico da Vila e no Estúdio Bizinoto, em Vitória. >
O encontro pretende alcançar artistas, agentes culturais e produtores capixabas que trabalham com música de origem afro-brasileira nos segmentos samba, pagode, rap, congo, gospel e funk. O ponto alto do seminário são as apresentações musicais, com Tunico da Vila e os rappers paulistas Vinex e Mulambo (transmitidas pelo YouTube).>
Além disso, o "Negritar" contará com palestras direcionadas para, entre outros assuntos, gerenciamento de carreira - com olhar voltado às questões raciais -, e mercado digital, especialmente streaming e plataformas digitais. As vagas presenciais são limitadas, com inscrições podendo ser feitas pelo e-mail [email protected].>
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Entre os convidados do encontro, o rapper Rappin Hood; o produtor paulista Devasto; Mary Jane, do Melanina Mcs; a advogada e ativista Fayda Belo; a produtora de carreiras Nega Cleo, da GRIOT Assessoria; e Déborah Sathler, da Atotô Produções. >
Idealizador do projeto, Tunico da Vila firma que o seminário serve para evidenciar o novo momento da música afro-brasileira. "Quem produz música negra fala de trajetórias. É porta voz de seu povo e possui uma base intuitiva ligada à filosofia africana, que perpassa questões de territórios, como os terreiros, escolas de samba, guetos e as periferias", destaca, em tom socialmente engajado. >
"O samba, pagode, rap e funk, dentre outros ritmos, são movimentos culturais que circulam em territórios periféricos. É preciso 'negritar', dar ênfase e grifar a importância dos negros para a música brasileira e mundial. As plataformas de streamings possuem playlists com protagonismo negro e abordagem antirracista. A música afro-brasileira é uma ferramenta indispensável na conscientização racial, é lanterna e lampejo em uma sociedade que precisa ser antirracista", enfatiza.>
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