Repórter / [email protected]
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 10:13
O Espírito Santo já é bonito por natureza, mas e se ele ganhasse traços de desenho animado, e virasse um cenário subaquático digno da Fenda do Biquíni? É exatamente isso que o fotógrafo e designer capixaba Henrique Brook tem feito ao transformar paisagens do estado em versões inspiradas em Os Simpsons e Bob Esponja, usando inteligência artificial e muita criatividade. >
A ideia nasceu da inquietação criativa de quem já estava acostumado a mostrar cidades com uma linguagem mais cinematográfica. “Sempre procuro pensar fora da caixa”, conta Henrique. Fã assumido dos desenhos animados, ele resolveu unir duas paixões: filmar paisagens capixabas e brincar com universos que marcaram a infância de muita gente. >
O resultado são imagens que chamam atenção logo no primeiro scroll e fazem o público olhar para o Espírito Santo com outros olhos, ou outros traços.>
Antes de virar desenho, o ponto de partida é sempre o território capixaba. Henrique mora em Pedro Canário e é apaixonado pelo Norte do Estado, região que costuma aparecer com frequência em seus conteúdos. São Mateus, Conceição da Barra, Itaúnas… tudo começa com o lugar real. Só depois entra a adaptação para o universo animado, sempre respeitando a identidade de cada cidade.>
>
E o público responde. Nos directs, chegam mensagens de gente que passou a ter vontade de conhecer o Espírito Santo depois de ver os vídeos, e também de quem sentiu aquela nostalgia ao enxergar a própria cidade transformada em cenário de um desenho clássico. “Meu objetivo sempre foi postar o que eu gostaria de ver. Pelo retorno, percebo que muita gente se conecta comigo nisso”, diz.>
Alguns cartões-postais surpreenderam até o próprio criador. A Terceira Ponte e o Convento da Penha ganharam versões animadas que chamaram atenção pelo impacto visual e reacenderam um desejo antigo de Henrique: passar alguns dias em Vitória para produzir um filme mais completo da capital, com mais tempo e profundidade.>
O processo, apesar de divertido, é técnico. Henrique começa criando uma base no Illustrator ou Photoshop e, a partir daí, entra a inteligência artificial. São usadas de três a quatro ferramentas diferentes para chegar ao resultado final. “Se fosse fazer tudo manualmente, levaria meses. A IA otimiza muito esse tempo”, explica. >
Mesmo trabalhando profissionalmente com essas tecnologias para clientes, os conteúdos do Espírito Santo são feitos por iniciativa própria. “Faço porque acredito que o Espírito Santo merece ser mostrado.”>
Para ele, a animação tem um poder que às vezes nem a imagem mais sofisticada alcança. “Você pode usar câmera de cinema, drone de última geração, mas o desenho desperta curiosidade, alcança outros públicos”, avalia. Por isso, Henrique alterna entre vídeos mais cinematográficos e esse lado ilustrado, sempre guiado pela mesma motivação: mostrar o Espírito Santo de um jeito criativo e afetivo.>
E os pedidos não param. Seguidores, e até quem ainda não segue, sugerem bairros, praias e pontos turísticos para virar desenho. Henrique filtra, evita repetir fórmulas e já pensa nos próximos passos. Depois dos Simpsons e do Bob Esponja, novas estéticas devem surgir. “Quando satura, perde a graça. Gosto de pensar fora da caixa”, diz.>
Dá trabalho, mas é exatamente isso que move o projeto. No fim das contas, seja em live-action ou em versão animada, o Espírito Santo segue como protagonista, agora, com um toque de desenho animado e muita personalidade.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta