BatalhaFUNK: app permite MCs amadores criarem suas músicas pelo celular

Conversamos com um dos criadores da plataforma, Kelvin Lopes, que destaca o caráter social do projeto: "uma forma do pessoal se lançar no mundo da música"

Annita, Ludmilla e Pabllo Vittar... Esse e outros artistas, considerados o "topo da cadeia alimentar" que impulsiona a indústria do funk, ajudaram, de acordo com uma pesquisa da FGV de 2019, a movimentar cerca de R$ 127 milhões somente no Rio de Janeiro, entre lucros com a bilheteria dos bailes, cachês e venda de CDs e DVDs.

Essa galera que hoje bomba no "showbiz", claro, também começou de baixo, ralando para buscar o famoso "lugar ao sol". Com esse objetivo, de dar suporte a MCs amadores que desejam se aventurar no mundo da música, nasceu o aplicativo BatalhaFunk, criado pelos irmãos paulistas, de São Bernardo do Campo, Kelvin Lopes, de 29 anos, e Erick Lopes, de 36. 

Na plataforma, que conta com mais de 60 mil downloads nas lojas de aplicativos, os usuários têm acesso a um universo de beats exclusivos de DJs de vários gêneros diferentes, como o "tembeat consciente", o "mandelão", e os estilos brega e 150BPM, além do Trap e o do Rap. Basta escolher o seu preferido e gravar a música, publicando no "feed" do aplicativo para que amigos curtam, comentem e compartilhem. Também há opções para balhas de rimas, onde MCs de várias partes do país (e da América Latina) marcam confrontos. O serviço é totalmente gratuito, com app disponível na GooglePlay e AppStore.

"É uma forma de dar uma oportunidade a quem está começando no mundo da música e não tem condições. Crescemos em São Bernardo do Campo, onde a cultura da música de rua é muito forte. Eu mesmo tive ligação com o grafite e o hip hop, por exemplo. Com o aplicativo, dá para gravar sua música com um celular, na mão, e divulgar o seu trabalho", adiantou Kelvin Lopes, um dos desenvolvedores do projeto, lançado entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, em vídeoentrevista ao "HZ". 

Garantindo que já tem MCs capixabas soltando o gogó no app (sem saber o número exato de participantes do Estado), Kelvin - que é especializado em Marketing e mora há dez anos no Canadá - afirma que o serviço também é uma rede social, possibilitando que o artista crie uma rede de conexões. 

"Pensamos em um chat integrado, onde os usuários podem conversar entre eles, sem sair da plataforma. O legal é que acaba criando uma comunidade forte e engajada", pontua.

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