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Publicado em 13 de agosto de 2025 às 17:09
Aos 54 anos, Adalton Januário Gomes carrega uma história de superação, talento e amor pelo artesanato. Com menos de 1% da visão, descobriu nas artes um caminho para se expressar e transformar o que seria apenas terapia em trabalho reconhecido internacionalmente. >
Natural de Iúna, na região do Caparaó capixaba, e morador de Iriri, em Anchieta, ele começou a criar suas peças em 2005, quando vivia em Minas Gerais e frequentava uma instituição para pessoas cegas.>
Tudo começou com canudos feitos de jornal, que Adalton moldava em miniaturas de animais. Com o tempo, passou a trabalhar também com revistas, sempre priorizando materiais reciclados e colas mais naturais, sem produtos químicos agressivos.>
“Entre as criações, já fiz bois, elefantes, burros, carros de boi, porta-joias e até uma girafa de dois metros de altura. Costumo produzir várias peças ao mesmo tempo, que podem levar de dois a três dias para ficarem prontas. Cada obra é única e carrega seu próprio traço. Nenhuma é igual a outra”, afirma.>
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Segundo o capixaba, a inspiração vem de réplicas de brinquedos e da observação tátil de formas e detalhes. Essa técnica, desenvolvida desde que começou a perder a visão aos nove anos, permitiu que ele mantivesse a precisão e a riqueza nas esculturas. >
E olha que Adatlon foi longe. Suas peças já chegaram a compradores de diferentes partes do mundo, com a última venda indo para a Itália. Ou seja, não é apenas sobre o artesanato: é sobre resiliência, criatividade e a capacidade de se redescobrir em meio às adversidades.>
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