Publicado em 26 de setembro de 2022 às 15:01
Apesar da crescente demanda pelo modelo de trabalho em home office ou híbrido, potencializada pela pandemia do coronavírus, ainda existem muitos serviços que dependem de imóveis comerciais, como salas e lojas. Hoje, a busca por esse equilíbrio é uma realidade do mercado que encara esse período de retomada das atividades presenciais como uma fase de transformação e de oportunidade nesse tipo de imóvel. >
O vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert, explica que o mercado, atualmente, divide-se em dois blocos: o destinado a serviços e comércios, que vai precisar transformar a experiência de compra em algo mais atrativo ao consumidor, e os escritórios, que mesmo afetados pela pandemia ainda são essenciais em alguns serviços. >
“O fundamental em ambos os modelos é que serão produzidos novos núcleos urbanos que vão aproximar residências, áreas de trabalho e serviços. Não vamos mais ter lojas afastadas de centros residenciais e eu acredito que essa será a principal característica das novas cidades”, revela Schubert.>
De acordo com a diretora da Kemp Engenharia, Rubia Zanelato, os empreendimentos conhecidos como mistos ou multiuso já são tendência há alguns anos. Ela explica que nesse tipo de empreendimento encontram-se as unidades residenciais e, no térreo, opções de comércio e serviços. >
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“Para o morador, uma das vantagens é a facilidade para sua rotina, reunindo o que ele precisa no mesmo lugar. As lojas, quando estiverem em funcionamento, podem oferecer serviços como saúde, beleza, estética, além de produtos como roupas, sapatos, alimentação, facilitando assim a vida do morador, que não precisa sair do condomínio para adquirir o produto ou serviço que desejar”, explica Rubia.>
Esse processo de transformação começou ainda em 2015, com a crise macroeconômica, explica o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES) Leandro Lorenzon. De acordo com ele, hoje o mercado busca encontrar um equilíbrio e alguns fatores já chamam atenção nessas tipologias. >
“Escritórios bem localizados têm performado muito bem. Também observo uma conversa muito grande sobre espaços de trabalho mais focados na vivência em que os trabalhadores podem se sentir mais à vontade em ambientes humanizados”, destaca.>
Compartilhamento, portanto, é a palavra-chave entre as tendências para imóveis comerciais, e quem garante isso é o diretor comercial da Rio Realty, Samir Ginaid. Segundo ele, o mercado para imóveis comerciais precisou se reinventar na pandemia e, desde então, tem enfrentado um período de retomada em meio a novas oportunidades. >
“É uma tendência muito forte, principalmente em salas de coworking e nos espaços corporativos. Tenho percebido também espaços temáticos em que um centro de inovação de engenharia, com a Base27, por exemplo, instala-se em um mesmo espaço e compartilha com outras empresas para trocas de ideias”, destaca Ginaid. >
Entretanto, de acordo com o diretor comercial, apesar das alterações em estrutura, em Vitória, os pontos centrais ainda permanecem na Enseada do Suá, Praia do Canto e Jardim Camburi. >
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