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Protesto contra decisão do STF reúne manifestantes na Praça do Papa

Protesto contra decisão do STF reúne manifestantes na Praça do Papa

Cerca de 250 pessoas, segundo a Guarda Municipal, se reuniram na praça vestidas com as cores da bandeira do Brasil

Publicado em 9 de novembro de 2019 às 17:38

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Protesto contra STF reúne manifestantes na Praça do Papa, em Vitória. (Glacieri Carraretto)

Cerca de 250 pessoas, segundo a Guarda Municipal, se reuniram na Praça do Papa, em Vitória, na tarde deste sábado (9), para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a decisão do fim da prisão em segunda instância. Com julgamento finalizado na quinta-feira (7), ficou determinado pela Corte, por 6 votos a 5, que um condenado só pode ser preso após o trânsito em julgado (o fim dos recursos).  Manifestações semelhantes aconteceram em outras 38 cidades de 13 Estados país, de acordo com levantamento do site G1.

Por volta das 15 horas, os manifestantes começaram a chegar, vestidos com camisas nas cores da bandeira do Brasil e proferindo palavras de ordem e apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Também fizeram críticas contra a esquerda, o PT e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silvaque foi um dos beneficiados pela decisão do STF e saiu da prisão na sexta-feira (8), e Dilma Rousseff. Assim como Lula, quase 5 mil presos devem ter direito a pedir que suas condenações sejam revistas no país, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No início do protesto em Vitória, por volta de 15h30, o grupo somava 150 manifestantes. O protesto se estendeu até aproximadamente 17h30, quando já havia 250 pessoas.

"Vim aqui hoje pois sou a favor da prisão em segunda instância. Vim também apoiar o governo atual", disse o médico Rodrigo Carvalho, 39 anos, que participava do ato.

Rodrigo participou de protesto contra STF na Praça do Papa, em Vitória. (Glacieri Carraretto)

Já para a servidora pública Sandra França, 49 anos, a manifestação é extremamente necessária. "Somos  contrários a não prender após a condenação em 2ª instância, pois desse jeito os bandidos não ficarão na cadeia. Não podemos ter poderosos soltos, protegidos. Apoiaram isso para soltar o Lula", pontua.

No protesto, muitas pessoas levaram a bandeira do Brasil. "Estamos buscando um país melhor, mais justo e menos corrupto", afirmou Abel Araujo, 32 anos, técnico em segurança do trabalho, que era um dos que carregava o símbolo nacional. 

Abel levou uma bandeira do Brasil ao protesto em Vitória. (Glacieri Carraretto)

PELO PAÍS

Na Avenida Paulista, em São Paulo, o ato durante a tarde se concentrou em dois pontos da avenida. Um grupo maior ficou na frente do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Outro era na frente do Masp. O protesto foi organizado pelo movimento Vem Pra Rua. Manifestantes pediam pela aprovação no Congresso das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que permitem a prisão após condenação em segunda instância. O empresário Luciano Hang, dono da loja de departamento Havan, e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) participaram.  

No Rio, a concentração foi na Avenida Prefeito Mendes de Morais, na orla da praia de São Conrado. Vestidos de verde e amarelo, participantes também cobravam a votação das PECs que permitam reverter a decisão do STF. Eles também gritavam ofensas contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que mora em prédio na avenida.

Entre outras capitais onde o protesto aconteceu estão Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Salvador, Goiânia, Cuiabá, Brasília, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre e Recife.

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