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Alvos do STF no ES, pastor e radialista gravam vídeo sobre mandados de prisão

Alvos do STF no ES, pastor e radialista gravam vídeo sobre mandados de prisão

Eles estão entre os investigados que tiveram prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes por participação em atos antidemocráticos em que contestam, sem provas, o resultado das eleições

Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 16:01

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Pastor Fabiano e Max Pitangui foram alvo de mandados de prisão nesta quinta-feira
Pastor Fabiano e Max Pitangui foram alvo de mandados de prisão nesta quinta-feira. (Reprodução/Redes sociais)
Alvos do STF no ES, pastor e radialista gravam vídeo sobre mandados de prisão

Enquanto a Polícia Federal fazia, nesta quinta-feira (15), buscas para prender quatro pessoas no Espírito Santo acusadas de promover atos antidemocráticos, dois dos alvos gravaram vídeos e compartilharam em suas redes sociais. Nas imagens, eles afirmam saber que estavam sendo procurados. Pelo mandado de prisão, os suspeitos foram proibidos de usar suas redes sociais e  de dar entrevistas, sob pena de R$ 30 mil em caso de descumprimento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão e a retenção dos passaportes do jornalista Jackson Rangel Vieira, do vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), do pastor Fabiano Oliveira e do empresário Max Pitangui (PTB), que foi candidato a deputado estadual em 2022, mas não foi eleito.

Fabiano Oliveira divulgou, em seu perfil no Instagram, um vídeo em que aparece sentado à frente ao 38º Batalhão de Infantaria, na Prainha, em Vila Velha, junto a outros acampados que pedem intervenção militar e anulação da eleição presidencial. Eles contestam, sem provas, o resultado do segundo turno das eleições, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado.

“Nesse momento, são 8h10, podem ter pessoas dizendo que estou foragido. Estou na frente do quartel, foram até a casa da minha ex-esposa, mas estou aqui, continuo na defesa da minha liberdade”, relatou. O pastor pede para que seu vídeo seja compartilhado e convoca que outras pessoas se sintam “incentivadas para ir à frente de quarteis”.

O empresário Max Pitangui também gravou um vídeo em que afirma não ter praticado atos antidemocráticos e que não faz parte de grupos radicais.

“Todas as coisas que eu falei de política foram dentro da Constituição. Tenho certeza que esse pedido de prisão não tem a ver com uma questão nacional. Porque eu, recentemente, fiz denúncias contra a procuradora (geral de Justiça)”, contou.

De acordo com nota da Polícia Federal no Espírito Santo, estavam em cumprimento 23 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e outras medidas diversas nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim.

A operação foi determinada pelo STF nos autos dos inquéritos das fake news e da atuação de milícias digitais, a partir de informações concedidas pelo Ministério Público do Espírito Santo. As suspeitas são de crimes contra a honra, incitação ao crime e tentativa de golpe de Estado.

A operação também cumpriu outros 80 mandados de busca e apreensão nos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina, além do Distrito Federal. De acordo com o STF, os grupos propagaram o descumprimento e o desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para presidente, proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30 de outubro último, além de atuar pelo rompimento do Estado Democrático de Direito e instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura.

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