> >
Suspeito de integrar esquema bilionário de tráfico de drogas é preso no ES

Suspeito de integrar esquema bilionário de tráfico de drogas é preso no ES

Homem foi detido pela Polícia Federal na manhã desta terça (5). A ação, encabeçada pela PF de Uberlândia (MG), visa a desarticular organização criminosa especializada no tráfico drogas e de armas de grosso calibre, além de lavagem de dinheiro

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 09:42

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Polícia Federal
Policiais estiveram arrombaram um apartamento para o cumprimento dos mandados em aberto. (Divulgação/Polícia Federal)

Um homem  apontado como grande fornecedor de drogas para o leste de Minas Gerais e para o Espírito Santo foi preso na manhã desta terça-feira (5) por policiais federais do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) no Espírito Santo. Segundo a Polícia Federal do ES, o suspeito era alvo da Operação Balada, deflagrada pela Delegacia de Uberlândia, em Minas Gerais. A operação da PF visa a desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro.

A PF não informou a identidade do detido nem a cidade capixaba onde ele foi encontrado. Contra o suspeito a polícia cumpriu dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão. No local, foram apreendidos telefones celulares, documentos, carros e uma arma de fogo (pistola)

Segundo as investigações da Polícia Federal, contando com o apoio de outros criminosos em solo capixaba, o suspeito trazia grandes carregamentos de entorpecentes para serem comercializados no Estado.

O objetivo da ação, além do cumprimento da ordem judicial, é obter novos elementos de provas para desmantelar o esquema criminoso dedicado ao tráfico de drogas que atua em todo o Brasil.

OPERAÇÃO BALADA

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, em Uberlândia, a Operação Balada, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico de drogas e de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, os investigados movimentaram mais de R$ 2 bilhões, em decorrência das atividades criminosas.

Drogas
A quadrilha desmantelada pela Polícia Federal era especializada no tráfico de cocaína . (Divulgação)

Cerca de 850 Policiais federais cumprem 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

A organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante emprego de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.

A droga era remetida dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, armazenada no Triângulo Mineiro e, posteriormente, distribuída a várias regiões do País, em especial os estados de Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

MAIS ARMAS

As investigações revelaram, também, que o grupo atuava no tráfico ilegal de armas de fogo de grosso calibre. No curso dos trabalhos, foi apreendido um carregamento de 8 fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia.

O armamento comercializado pelo grupo era adquirido no Mato Grosso do Sul, transportado para Uberlândia, e, posteriormente, destinado a grupos da região do Triângulo Mineiro, especializados no tráfico de drogas e roubos a banco, bem como a uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro/RJ. Os investigados utilizavam veículos especialmente preparados para o transporte das armas, com emprego de batedores durante os seus deslocamentos.

Para dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização criminosa utilizava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo. Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis.

A operação foi batizada de BALADA pelo fato de os investigados ostentarem em redes sociais a organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais