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Publicado em 21 de janeiro de 2023 às 13:10
Foi preso, nesta sexta-feira (22), o homem acusado de matar a facadas a própria companheira, em julho do ano passado, no bairro Nova Bethânia, em Viana. O corpo de Daniele de Jesus Almeida foi encontrado dentro de casa após o filho dela, de apenas 4 anos, pedir ajuda a vizinhos. >
A prisão aconteceu no bairro Boa Vista, em Vila Velha. O homem de 22 anos, que não teve o nome divulgado pelas forças de segurança, foi capturado pela Polícia Civil, em conjunto com a Guarda Municipal, e levado à Delegacia Regional do município. De lá, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). >
À época do crime, vizinhos ouviram muitos gritos vindos da casa de Daniele, na noite de 4 de julho. Apesar disso, ninguém chamou a polícia. >
No dia seguinte, por volta das 5h, o filho da vítima foi encontrado na rua e disse a um morador do bairro que a mãe estava dentro de casa, com muito sangue perto dela. O homem então acionou a polícia. Dentro da residência ainda foi encontrada uma criança de 3 anos dormindo. >
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Daniele, descrita por amigos e familiares como uma mulher feliz e prestativa, tinha um único sonho: montar o quarto do filho de 4 anos. Para isso, com o pouco que recebia como babá, ela juntava dinheiro. >
Em entrevista à reportagem de A Gazeta no ano passado, a irmã da vítima, Natiele de Jesus Souza, de 37 anos, disse que Daniele e o filho já tinham até escolhido a decoração do quarto, que seria nas cores favoritas da criança: vermelho, amarelo e azul.>
Natiele de Jesus Souza
Irmã da vítimaDaniele não media esforços para ver o filho feliz e nunca deixou o aniversário dele passar em branco. “Nunca deixava o aniversário dele sem nada, nem que fosse um bolo. E não pedia ajuda. Quando a gente descobria que ela estava organizando a festa, já tinha tudo pronto. O último aniversário foi sobre o Flash, pois meu sobrinho ama super-herói”, relatou a irmã.>
Considerada pelos familiares como uma mãe e dona de casa zelosa, Daniele tinha um outro amor: plantas. Suas prateleiras estavam sempre cheias de desenhos dos filhos e das suas plantinhas de estimação.>
Além disso, sempre foi discreta na vida pessoal e nunca contou a amigos ou familiares sobre qualquer discussão que tenha tido com o companheiro. De acordo com a irmã, apenas após ser morta, é que parentes descobriram, através de vizinhos, as brigas constantes do casal.>
“Minha irmã não gostava de incomodar ninguém e nem demonstrar tristeza. Por isso, acredito que ela preferiu não contar qualquer coisa que estivesse acontecendo. Acredito que ela passou uma vida triste, mas não queria nos mostrar”, contou Natiele.>
Tendo somente os brinquedos que ganhou da mãe como lembrança, o menino não gosta que outras crianças cheguem perto dos objetos e os deixa guardados em uma caixa. >
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