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Polícia pede interdição de hotel para animais após maus-tratos a cães no ES

Polícia pede interdição de hotel para animais após maus-tratos a cães no ES

Vídeos que circulam na internet mostram um ex-funcionário de um hotel para animais em Vila Velha maltratando cachorros durante o expediente. A Polícia Civil concluiu inquérito que apurava as denúncias e indicou o homem e a proprietária do local

Publicado em 23 de outubro de 2020 às 15:19

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Ex-funcionário de creche para animais em Jardim da Penha grava vídeos praticando maus-tratos. (Reprodução | Twitter)

Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava denúncias de maus-tratos a cachorros ocorridos em um hotel para animais em Vila Velha, na Grande Vitória. O inquérito da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (DPMAP) pede a interdição das duas unidades do estabelecimento, incluindo a de Vitória, por falta de alvará e responsável técnico. Segundo a polícia, o procedimento foi encaminhado à Justiça indiciando o agressor e a proprietária do estabelecimento.

O acusado da agressão é Magnun Lorde Diniz, que é ex-funcionário do hotel. Ele aparece nos vídeos que circulam na internet maltratando cachorros no hotel. As imagens foram feitas quando ele ainda trabalhava no local. Em um dos vídeos, ele aparece filmando a si mesmo segurando um cachorro de pequeno porte pelo pescoço e depois jogando-o no chão. Veja o vídeo:

Já em outra filmagem, o então funcionário atira um brinquedo com força em uma cadela, fazendo com que o animal saia assustado.

Quando os vídeos começaram a circular nas redes sociais, a dona do estabelecimento, Lorença de Jesus, contou que o homem começou a trabalhar no hotel por indicação de um cliente, mas foi demitido no final de setembro por indisciplina, já que chegava constantemente atrasado e não se relacionava bem com os demais funcionários.

Lorença disse que não imaginava que o ex-funcionário fosse capaz de agredir os animais pelos quais ele era responsável. A proprietária registrou um boletim de ocorrência contra o homem.

A mulher disse para a reportagem da TV Gazeta que não foi notificada sobre o indiciamento e que as acusações contra ela são inverídicas.

Imagens mostram ex-funcionário de hotel para animais agredindo cães em Vitória
Creche recebia vários cachorros em Vitória. (Reprodução)

Prefeitura de Vila Velha informou que a empresa foi notificada para providenciar o alvará de licença e a mesma já protocolou o pedido junto ao município, mediante procedimento formal.

Ainda segundo a prefeitura, o processo está em trâmite na Coordenação de Posturas, aguardando deferimento ou indeferimento. Neste tempo, de acordo com o município, a empresa pode funcionar.

Segundo a Prefeitura de Vitória, a Secretaria de Meio Ambiente esteve na unidade para uma ação e está acompanhando o caso. O município disse também que fiscais da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade intimaram o proprietário em julho para providenciar a licença de funcionamento. O processo foi aberto pela empresa e está em andamento.

A reportagem de A Gazeta  tentou contato com o homem que aparece nos vídeos. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.

O QUE DIZ A PROPRIETÁRIA

Por volta das 17h desta sexta-feira (23), a defesa da proprietária Lorença de Jesus, dona do hotel de animais, emitiu uma nota na qual reafirmou não ter sido notificada oficialmente do indiciamento da cliente pelo inquérito policial, mas pela qual garante que a esta é inocente e se coloca à disposição das autoridades. Veja abaixo o texto na íntegra:

"My Pets Creche Hotel  informa que, apesar de ainda não ter sido oficialmente notificados do relatório final do inquérito policial, lamenta que neste relatório o Senhor Delegado de Polícia que presidiu o inquérito policial em questão opinou pela denúncia da proprietária da referida empresa, indo além da pessoa que eventualmente praticou algum crime, mesmo sem um lastro probatório mínimo de que a proprietária praticou ou apoiou as atitudes do ex-empregado, comportamento este já exposto na mídia. Ademais, informa ainda que apoia a apuração completa dos fatos e sempre estará disposta a contribuir com os Poderes constituídos. Caso eventual denúncia contra esta seja aceita pelo Judiciário, na certeza de que nenhum crime praticou, certamente a denúncia será arquivada ou julgada improcedente."

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