> >
Polícia investiga caso de injúria e difamação em escola de Linhares

Polícia investiga caso de injúria e difamação em escola de Linhares

Crime é praticado por um perfil em uma rede social, que faz postagens de ataque às vítimas; entre as publicações, há mensagens de apoio á homofobia

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 17:30

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Redação Integrada
[email protected]

A Polícia Civil de Linhares, no Norte do Estado, investiga um caso de difamação e injúria contra alunos, pais e professores em uma escola estadual de Ensino Médio localizada na cidade. O crime é praticado por um perfil em uma rede social, que faz postagens ofensivas às vítimas. O nome da instituição não será divulgado para preservar a identidade dos envolvidos. 

Em uma das publicações divulgadas pelo perfil, o autor faz uma comparação de um aluno com o personagem "Cascão", da Turma da Mônica. Em outra, ele expõe uma mensagem de apoio à homofobia. 

Mensagens de injúria e difamação são divulgadas por um perfil em uma rede social
Mensagens de injúria e difamação são divulgadas por um perfil em uma rede social. (Redes sociais)

Em entrevista ao repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta Norte, uma mãe, que não quis ser identificada, disse que a filha de 17 anos vem sendo difamada pelo perfil. Segundo ela, após as exposições, a adolescente não quer mais ir para a escola. 

Aspas de citação

São falas de racismo, bullying, da sexualidade das pessoas, falsas acusações em relação aos alunos, que são todos de menores

X
Mãe de aluna
Aspas de citação

A mãe, que já registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Linhares, informou que toda a escola está se mobilizando para descobrir que é o autor do perfil. Pais, alunos e professores desejam que medidas cabíveis possam ser tomadas. 

Gatilho para transtornos 

De acordo com a psicopedagoga Valéria Fiorot, a exposição praticada pelo perfil pode provocar transtornos mentais na vida do indivíduo, como o estresse pós-traumático. 

"A criança e o adolescente que vive o bullying tem a sua identidade comprometida. Essa ferida na identidade é um gatilho para disparar transtornos psiquiátricos, que podem acompanhar o sujeito pelo resto da vida. É uma ação de violência emocional e psicológica", explicou a especialista. 

Delegado orienta procurar delegacia

Em entrevista à reportagem da TV Gazeta Norte, o titular da Delegacia Regional de Linhares, delegado Fabrício Lucindo, orientou que as pessoas que foram vítimas do perfil procurem a delegacia para fazer uma ocorrência, prestar esclarecimentos e representar criminalmente contra o autor das publicações. 

Ainda segundo o delegado, a equipe está fazendo um levantamento necessário para descobrir quem é o autor das postagens. "Se for adolescente, responderá junto à Vara da Infância e da Juventude de Linhares. Se for adulto, vai responder junto ao Juizado Especial Criminal", acrescentou. 

A Superintendência Regional de Educação de Linhares informou à reportagem da TV Gazeta Norte que monitora o caso. Já a escola comunicou, em nota, que acionou os pais, as equipes da ação psicossocial e uma orientação interativa escolar, além da patrulha escolar.

A escola também foi orientada a registrar boletim de ocorrência e informou que aguarda a apuração do caso. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais