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Médica é presa por agredir vizinhos e xingar policiais em Vila Velha

Médica é presa por agredir vizinhos e xingar policiais em Vila Velha

Uma mulher de 50 anos e o marido de 72 anos mostraram à polícia hematomas no rosto que teriam sido provocados pelos socos da vizinha. Ela está no Centro de Triagem de Viana (CTV)

Publicado em 1 de agosto de 2020 às 14:02

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2ª Delegacia Regional de Vila Velha
Médica foi encaminhada primeiramente para a Delegacia Regional de Vila Velha. (Marcos Fernandez /Arquivo/A Gazeta)

Uma médica, de 32 anos, foi presa por lesão corporal, desacato à autoridade e desobediência a ato legal durante um ocorrência, na Praia da Costa, em Vila Velha, na noite da última sexta-feira (31). Ela é acusada de agredir com socos um casal de vizinhos, incluindo um idoso, além de xingar policiais militares de "ignorantes" e recusar-se a ir para a delegacia. 

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma equipe da PM realizava patrulhamento preventivo no Parque das Castanheiras, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha, quando foi chamada por moradores da Rua Luis Fernandes Reis, que informaram ouvir pedidos de socorros vindos de um edifício da região.

Os militares foram até a portaria do edifício, por volta das 22h30, onde o síndico e o subsíndico relataram uma briga entre vizinhos. Eles autorizaram a entrada da equipe policial, que foi aos apartamentos das pessoas envolvidas, vizinhas de porta.  Os PMs contam que encontraram a médica  muito alterada e nervosa, xingando e batendo fortemente na porta do apartamento vizinho.

Ao perceberem a presença da polícia, os moradores da residência onde a médica batia na porta, uma mulher de 50 anos e o marido de 72 anos, conversaram com os policiais. O idoso afirmou que foi agredido pela médica com vários socos no rosto após reclamar que o marido dela estaria fazendo brincadeira mau gosto com a esposa dele, que também afirmou ter sido agredida pela médica.

O casal mostrou à polícia hematomas no rosto que teriam sido provocados pela agressão. Diante das denúncias, os policiais informaram que as partes envolvidas seriam encaminhadas para a delegacia. Porém, a médica teria recusado acompanhar a guarnição.

Os policiais afirmam, ainda, que ela teria humilhado a equipe, afirmando que teria um parente que era Promotor de Justiça e gritando que não iria à delegacia de maneira alguma. Ainda segundo os policiais, toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do prédio. 

INSULTOS CONTINUARAM

Após alguns minutos, sendo necessárias a presença do Comandante de Policiamento de Unidades (CPU) e a intervenção até mesmo da Polícia Civil, a médica concordou em ir para a delegacia. Porém, os policiais afirmam que continuaram sendo insultados por ela durante a confecção da ocorrência na Delegacia Regional de Vila Velha. Eles afirmam que foram xingados pela médica de "ignorantes" e que ela teria afirmado que eles não eram dignos de prendê-la. 

Procurada, a Polícia Civil informou que a suspeita foi conduzida à Delegacia Regional de Vila Velha, sendo autuada em flagrante por lesão corporal, desacato à autoridade e desobediência a ato legal. Ela foi encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanece à disposição da Justiça.

O OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a advogada da médica, Lilian Maciel, que afirmou que houve um desentendimento entre vizinhos, devido ao momento de grande estresse que a cliente está enfrentando, tendo em vista que ela é médica e trabalha em três locais diversos, na linha de frente do combate à Covid-19.

Também de acordo com a advogada, a médica teria sido mal interpretada pelos policiais que atenderam a ocorrência e levada para o DPJ de Vila Velha. "Não tive acesso ao depoimento dos policiais militares, mas apenas ao boletim de ocorrência. Pelo B.O. não visualizei a configuração do desacato. Já fizemos um pedido de liberdade provisória e estamos no aguardo da audiência de custódia/decisão sobre o nosso pedido. Continuamos à disposição para novos esclarecimentos. Tudo indica que até o final do dia já teremos resposta sobre o pedido de liberdade", disse.

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