Publicado em 29 de outubro de 2020 às 14:21
A Justiça Estadual manteve, nesta quinta-feira (29), a prisão do tenente da reserva da Polícia Militar Ercílio Silva da Rocha, de 53 anos. O militar, a enteada dele e um empresário foram presos na terça-feira (27) em uma operação da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) os três tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e vão permanecer presos. Durante a ação, entre outras apreensões, foram apreendidos 230 kg de maconha na casa do tenente em Ponta da Fruta, Vila Velha. >
Ercílio passou por uma audiência de custódia no final da manhã desta quinta-feira e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão é da juíza Raquel de Almeida Valinho. O militar da reserva está detido no Quartel da Polícia Militar, em Vitória.>
De acordo com a Polícia Civil, o tenente da reserva da PM era o responsável por armazenar e realizar entregas da droga para um empresário de 40 anos, dono de uma distribuidora de bebidas. O empresário é Alexandre Miranda Olmo, que também foi preso durante a operação da Denarc. A juíza também manteve a prisão dele e da enteada de Ercílio, Samara Jesus Silva. >
Segundo a magistrada, a liberdade dos três "se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna". A juíza afirmou, na decisão, que, em liberdade, o tenente, a enteada dele e o empresário "poderão voltar a cometer atos da mesma natureza e intimidar testemunhas". Ela ainda destacou que a grande quantidade de droga apreendida e as informações sobre estruturação de organização criminosa e abastecimento de ponto de venda de entorpecentes demonstram o perigo em concreto dos indiciados fugirem.>
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Como a enteada do tenente tem filho pequeno, a juíza autorizou que a criança permaneça com ela no presídio até completar 10 meses de idade. Na residência de Samara, os policiais encontraram R$ 2,55 mil em espécie, caderno com anotações do tráfico de entorpecentes, balança de precisão, carta com orientações vindas de presídio, dois celulares e dois comprovantes de depósito.>
De acordo com o delegado Alexandre Falcão, titular da Denarc, o militar foi contratado para armazenar e fazer a entrega da droga por um valor de R$ 5 mil. O militar da reserva confirma que foi contratado para armazenar e realizar a distribuição dessa droga, e que para isso receberia a quantia de R$ 5 mil reais para armazenar, sem aprofundar por qual período, afirmou o delegado em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (28).>
A operação foi batizada de Casa de Papel. Isso porque o empresário que era responsável por comprar e revender a droga utilizava o apelido de Professor, inclusive utilizando a foto do personagem do seriado em aplicativos de mensagens. Ele utilizava no aplicativo de mensagens uma foto do seriado Casa de Papel e era conhecido pelos traficantes como 'Professor'. Ele se auto intitulava assim e as pessoas os conhecem dessa maneira, disse o delegado.>
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