Três empresas de consórcio foram interditadas e quatro pessoas foram detidas pela Polícia Civil do Espírito Santo, durante a Operação MADOFF 027 e a segunda fase da Operação Consórcio Fake, deflagrada na terça-feira (16) e divulgada nesta sexta (18).
Relatório de Inteligência Financeira (RIF) encaminhado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) durante as investigações sinalizam que as transações financeiras dos envolvidos podem ultrapassar R$ 602 milhões, no período de apenas dois anos.
A ação, realizada por meio da Delegacia Especializada de Defraudações e Falsificações (Defa) e da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com o Procon Estadual e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, faz parte das investigações de uma organização criminosa especializada em golpes financeiros por meio do chamado “golpe do consórcio”, que prejudicou centenas de consumidores.
Além dos estabelecimentos interditados e das prisões em flagrante, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas sedes e residências dos responsáveis pela empresa, suspensão judicial das atividades econômicas e bloqueio judicial de R$ 640.103,42.
Durante o cumprimento da operação policial foram apreendidos:
Outros três veículos: Range Rover Evoque 2022, BMW X1 2022 e um Ford Fusion 2018 foram bloqueados judicialmente e seguem sendo procurados pela Polícia Civil para cumprimento da ordem judicial.
Ainda segundo informações da Polícia Civil, nos endereços, foram encontradas mais de 130 pessoas, identificadas como colaboradores da referida empresa.
A ação é desdobramento da Operação Consórcio Fake, realizada em julho, quando duas empresas de consórcio, em Vila Velha e Vitória, foram interditadas. Além disso, quatro pessoas foram presas em flagrante por induzir o consumidor a erro, além de tentativa de estelionato e organização criminosa; outras 41 pessoas foram autuadas em flagrante por propaganda enganosa e vão responder em liberdade.
Na ocasião, o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani, explicou que empresas faziam anúncios em sites de vendas e redes sociais, induzindo a vítima a acreditar que se tratava de um financiamento. Os suspeitos vendiam uma propaganda enganosa, para levar o consumidor até sua empresa e chegando lá, usando da boa-fé das vítimas, aplicavam o golpe.
“Eles dizem que o produto que o consumidor queria já foi vendido, mas que pode pegar uma carta que compra o produto no valor que quiser. Eles vão induzindo a pessoa, que acaba assinando a entrada. Eles prometem que vão entregar o bem, depois o consumidor volta no local, eles revelam que era um consórcio, que não estava assegurado”, explicou o delegado, em julho.
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