Publicado em 28 de junho de 2020 às 18:36
Fernando de Oliveira Reis, conhecido como Fernando Cabeção, um dos condenados pela morte do juiz Alexandre Martins, assassinado em 2003, foi executado a tiros dentro de um carro de luxo em Itapoã, Vila Velha, neste domingo (28).>
De acordo com informações da Polícia Militar, o veículo seguia no sentido Vila Velha-Vitória e quando parou no sinal de trânsito, foi fechado por outro veículo. De dentro do carro, os criminosos teriam feito pelo menos 15 disparos. Fernando Cabeção não resistiu aos ferimentos e morreu. Os autores do crime fugiram. >
A vítima estaria envolvida em outro homicídio ocorrido também hoje (28), pela manhã, no bairro Divino Espírito Santo, no mesmo município. >
O carro em que Fernando Cabeção estava era dirigido pela mulher dele. Ela não foi atingida pelos tiros, apenas se machucou com os estilhaços de vidro. À polícia, a mulher contou que o marido havia saído da cadeia há seis meses. >
>
Segundo a Polícia Civil, a ocorrência está em andamento no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A motivação do crime não foi divulgada. O corpo da vítima será encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória para ser liberado pelos familiares e para realizar o exame cadavérico, que vai apontar as causas do crime.>
Além do envolvimento na morte do juiz Alexandre Martins, Fernando Cabeção era apontado pela polícia como líder de uma facção criminosa no bairro Guaranhus, em Vila Velha. >
No dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando chegava a uma academia de ginástica, em Itapoã, Vila Velha. Ele tinha acabado de estacionar o carro e foi baleado na rua. >
Testemunhas contam que olharam da janela da academia ao ouvirem os tiros e viram uma pessoa na moto e uma outra pessoa atirando. Alexandre integrava a missão especial federal que, desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no Estado. >
Dez pessoas foram acusadas de participar do crime. Os executores foram Giliarde Ferreira de Souza e Odessi Martins da Silva Júnior, o Lumbrigão. Os intermediários foram os sargentos da PM Heber Valêncio e Ranilson Alves da Silva, Fernando de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção, Leandro Celestino, o Pardal - que emprestou a arma usada no crime - e André Luiz Tavares, o Yoxito - que emprestou a motocicleta usada pelos assassinos confessos no crime Giliarde e Lumbrigão. >
Apontados como mandantes do crime, o ex-policial civil Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú, foi absolvido, e o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira ainda não foi julgado porque tem recurso pendente em Brasília. Já o coronel reformado da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, ainda está preso.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta