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Prefeitura de Santa Leopoldina decreta estado de calamidade pública

Prefeitura de Santa Leopoldina decreta estado de calamidade pública

Atualmente, a cidade tem 16 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil; 347 pessoas estão fora de casa

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 15:00

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Município de Santa Leopoldina está debaixo d'água. (Internauta)

A prefeitura de Santa Leopoldina, na Região Serrana do Espírito Santo, decretou estado de calamidade pública por causa das chuvas que atingem a região. Atualmente, a cidade tem 16 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil e 347 pessoas estão fora de casa.

Santa Leopoldina é um dos municípios capixabas castigados pela chuva dos últimos dias. Nesta quarta-feira (20), famílias que moram próximo a uma barragem particular localizada na comunidade de Três Pontes tiveram que deixar suas casas após uma vistoria da Defesa Civil.

Várias comunidades ficaram isoladas por causa dos alagamentos. Os rios subiram e cobriram pastagens e estradas. Pontes ficaram debaixo d'água. Além disso, três das quatro mortes causadas pela chuva aconteceram na cidade.

Nesta quinta-feira (21), o nível do Rio Santa Maria baixou, mas ainda há preocupação por parte da população. Na frente da casa da pensionista Jocelita Rais, o asfalto afundou e uma rachadura de aproximadamente 50 metros de extensão apareceu.

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Teve um afundamento na calçada, mas nada que afetasse a casa. Essa noite eu não dormi muito bem, porque tem que ficar com um olho no rio, outro na casa. É preocupante.

Jocelita Rais
Pensionista
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Por precaução, a área foi isolada pela Defesa Civil para evitar que carros pesados passem pelo local.

Em outro ponto da cidade, um barranco deslizou e arrastou árvores. O secretário de Obras, Alexandre de Souza Segato, disse que as 16 áreas consideradas de risco estão sendo monitoradas pela prefeitura.

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A nossa preocupação no Centro e nas regiões de interior são os deslizamentos. Quanto a alagamentos, a gente está monitorando o rio, ele está num nível aceitável, está a 2,90 m de altura. Ele tem uma amplitude bem maior que isso, pode chegar entre 5m e 8m, ou um pouco mais. Nosso monitoramento hoje são as áreas de risco quanto a deslizamentos.

Alexandre de Souza Segato
Secretário de Obras
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A represa que fica na comunidade de Três Pontes também está sendo monitorada. “Hoje, não tem risco de rompimento imediato. O que pode acontecer, por se tratar de uma barragem de terra, é que chova demais, a lagoa não tenha capacidade de vazar e ela seja vertida, ou seja, a água transborde. A gente, por enquanto, trabalha com a hipótese de transbordamento”, disse o secretário. Nesta tarde, a prefeitura deve voltar ao local para fazer uma nova vistoria.

O morador Edimar foi uma das pessoas que precisaram sair de casa por conta do risco de deslizamento. Ele e a família estão abrigados no Cras da cidade. De lá, ele consegue ver a casa, mas não pode retornar.

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Assim que passar a chuva, a prefeitura vai sentar com a gente e ver o que pode ser feito. Mas, no momento, a gente não condições de voltar, porque o morro está muito encharcado

Edimar
Morador da comunidade de Três Pontes
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De longe, morador de Santa Leopoldina, ES, vê a própria casa e lamenta não pode retornar. (Reprodução/ TV Gazeta)

MORTES

Três pessoas morreram em virtude de deslizamentos que ocorreram no município. Uma delas foi a do idoso Adolfo Siller, de 87 anos, que foi soterrado dentro de casa pela enxurrada na região de Tirol.

As outras duas foram de pai e filho, também por consequência da chuva forte na cidade. Um morro deslizou para cima da casa onde morava a família: o pai Fernando Caus morreu no local, já mãe e filho, o menino Lorenzo Caus, de 6 anos, foram resgatados com vida e internados. Entretanto, a criança não resistiu e morreu nesta segunda-feira (18).

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Com informações do G1 ES e TV Gazeta

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