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Tartarugas da Serra morreram afogadas presas em rede, afirma Iema

Tartarugas da Serra morreram afogadas presas em rede, afirma Iema

Como as tartarugas possuem pulmões, elas precisam subir até a superfície para respirar de tempos em tempos, mas ficaram presas na rede

Publicado em 14 de outubro de 2019 às 16:44

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Tartarugas encontradas mortas na Serra. (Marcos Poncidonio)

As catorze tartarugas que foram encontradas mortas na manhã do último domingo (13), presas em uma rede de pesca em Bicanga, na Serra, morreram por afogamento. Como possuem pulmões, elas precisam subir até a superfície para respirar de tempos em tempos, mas ficaram presas na rede. A informação é do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), que fez a necrópsia dos animais. Além das 14, outras três tartarugas sobreviveram.  O caso será investigado pelos órgãos competentes do Governo Federal. 

O CASO

O operador de logística Marcos Poncidonio contou que quando chegou à praia, por volta das 7 horas do último domingo (13), viu a primeira tartaruga morta. Ao caminhar perto das pedras, avistou os animais. “Todas estavam presas em uma rede que tinha cerca de 200 metros. Um casal que também estava caminhando me ajudou a salvar três. Como não sabia (que a tartaruga viva deveria ser levada para monitoramento antes de ser solta), uma delas soltei no mar”, contou.

Ele ligou para Petrobras, que foi até o local atender a ocorrência. Uma equipe do CTA Serviços em Meio Ambiente, que presta serviço para a estatal, foi até o local para recolher os animais que estavam na areia da praia.

CAUSA DAS MORTES

As tartarugas foram levadas para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo (Ipram), em Cariacica. Elas foram analisadas por uma equipe especializada para confirmar a causa da morte. De acordo com o Iema, as necropsias das 14 tartarugas indicaram que "a causa dos óbitos foi por afogamento em decorrência dos animais ficarem presos em redes, que possivelmente estavam dispostas em local irregular".

O Iema explicou, por meio de nota, que as tartarugas possuem pulmões e precisam subir até a superfície para respirar de tempos em tempos. "De acordo com os veterinários e biólogos do Ipram, todas as tartarugas estavam com bom escore corporal, ou seja, saudáveis sem nenhum indício de doença, e tiveram seus ciclos de vida interrompidos pela ação humana", informou.

Com relação às duas tartarugas vivas, o Iema informou que o quadro de saúde de uma delas é crítico. Elas estão recebendo medicamentos para otimizar o funcionamento dos pulmões. "O Iema esclarece que a fiscalização das atividades pesqueiras e a apuração do crime ambiental em águas não continentais, que configura o caso das tartarugas mortas na praia de Bicanga, é de responsabilidade da União", completou a nota.

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