Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 19:54
Um imóvel antigo localizado na Rua Sete de Setembro, no Centro de Vitória, desabou na madrugada desta quarta-feira (15), e o representante de um dos proprietários, Délio dos Santos Silva, afirmou que o prédio não estava abandonado, apenas fechado, e que foi vistoriado no ano passado. >
Délio conversou com a reportagem de A Gazeta e disse que a Prefeitura Municipal de Vitória realizou regularmente vistorias nos últimos cinco anos. "Encontraram irregularidades, pediam para fazer limpezas, retiradas de entulho, entre outras coisas. Em todas as solicitações, o proprietário atendeu", afirmou. >
O representante do proprietário ainda relatou que a prefeitura chegou a notificar e pedir para que o proprietário fizesse a retirada da laje, o que, segundo ele, prontamente foi feito. "O prédio não estava abandonado, estava fechado. As chaves estão comigo. Estávamos sempre vistoriando para não haver invasão", disse. >
Délio dos Santos Silva
Representante de proprietário do imóvel que desabouDélio disse ainda que as vistorias foram notificadas, e a última foi em maio de 2019. Segundo ele, o documento afirma, no final, que o prédio estava limpo e com condições. O representante diz que o próximo passo vai ser contratar uma empresa para limpar o local, e pedir que um engenheiro avalie os danos. >
>
A reportagem de A Gazeta demandou a Prefeitura Municipal de Vitória para confirmar as informações passadas por Délio em entrevista. O órgão ainda não respondeu. >
De acordo com a Diretora de Cultura da Associação dos Moradores do Centro de Vitória, Stael Magesck, no final do ano passado um grupo fez uma campanha para colocar em pauta os imóveis fechados e abandonados no centro histórico. >
Stael Magesck
Diretora de Cultura da Associação dos Moradores do Centro de VitóriaStael diz que 104 imóveis com riscos foram identificados pelo grupo. "Muitos estão como esse, muitos podem cair a qualquer momento. Fotografamos e registramos inclusive imóveis com mais de 10 anos fechados. A situação é pior do que se pode imaginar", contou a diretora e moradora do Centro de Vitória. >
Magesck afirmou que horas antes do desabamento, estava em um bar em frente ao imóvel. "Saí daqui ontem era meia-noite. Às 5h o imóvel caiu, desmoronou. Estamos cobrando. Não caiu em um lugar isolado, está no coração da Rua Sete. Pessoas passam por aqui, crianças... Prefeito, por favor, isso é uma questão de responsabilidade com o ser humano. Isso aqui é falta de cuidado com o povo", finalizou. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta