Publicado em 21 de março de 2020 às 14:02
Em plena pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o surto de outras doenças é o que menos se espera. Contudo, dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não são nada animadores: o número de casos de dengue cresceu quase 50% e o de chikungunya é 17 vezes maior, num comparativo entre os anos de 2019 e 2020. Assim, as ações para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite as duas doenças e também a zika, precisam ser mantidas. >
No 11º boletim epidemiológico da dengue, que avalia o intervalo de 29 de dezembro de 2019 a 14 de março deste ano, houve 18.968 notificações. Ao longo do período, foram confirmadas duas mortes e 27 casos graves. A maior incidência nas quatro últimas semanas foi registrada em municípios da região Norte, mas Vitória também registrou alta concentração de casos - 581,1 - ficando em terceiro no ranking. No ano passado, foram 12.956 registros. >
"O número de casos de dengue no Estado quase dobrou em relação ao mesmo período de 2019. Há uma preocupação maior com o sorotipo 2, porque leva a casos mais graves", aponta Roberto Laperriere Júnior, chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental da Sesa.>
No mesmo período de avaliação, foram feitas 5.634 notificações para chikungunya - volume 17 vezes maior do que no ano passado. Há casos em nada menos do que 50 dos 78 municípios do Estado. No ano passado, foram 336 casos.>
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"É uma doença preocupante porque os sintomas são incapacitantes. Estamos reforçando as ações nos municípios com maior incidência da doença, com intensificação do controle químico. A maior incidência se dá na Grande Vitória", ressalta Laperriere. >
Para ele, mais do que nunca a população deve intensificar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito, checando e eliminando nas residências qualquer foco de incidência. A preocupação deve ser ainda maior por conta da pandemia de Covid-19. >
Laperriere ressalta que, apesar das restrições a diversas atividades e recomendação para a população ficar em casa devido ao coronavírus, as visitas dos agentes municipais de saúde ainda estão mantidas.>
"Faço um apelo à população para que receba os agentes e intensifique os cuidados em casa para evitar o avanço de casos de dengue e chikungunya. Os agentes deverão atuar devidamente protegidos, usando álcool em gel e máscaras quando necessário, e também identificando moradores que pertencem a grupos de risco nas residências", frisa o chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental. >
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