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Depois de incêndio, imóveis na Vila Rubim seguem interditados por tempo indeterminado

Depois de incêndio, imóveis na Vila Rubim seguem interditados por tempo indeterminado

Proprietário de loja que pegou fogo é o responsável por fazer intervenções nos prédios do entorno

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 13:27

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Incêndio na Vila Rubim: imagens mostram destruição. (Corpo de Bombeiros | Divulgação)

Os 70 moradores dos imóveis danificados durante de um incêndio a uma loja de couros e decorações, na Vila Rubim, em Vitória, ainda não sabem quando poderão voltar para suas casas com segurança. Desde o acidente, há quatro meses, oito edificações vizinhas ao ponto comercial foram interditadas e ainda não há previsão para liberação. 

Segundo a Defesa Civil de Vitória, a loja incendiada continua interditada, assim como dois prédios, dois sobrados e quatro casas que fazem limite com o imóvel. O órgão informou ainda que todas as construções danificadas pelo fogo "somente serão desinterditadas pela Defesa Civil quando o proprietário da loja incendiada realizar as intervenções necessárias".

As intervenções solicitadas ao proprietário do imóvel são o escoramento da laje, do galpão dos fundos e mezanino da loja, a demolição das áreas comprometidas, a recuperação dos imóveis atingidos e a apresentação de laudo técnico que ateste a estabilidade de todos os imóveis afetados.

No dia seguinte ao incêndio, o então coordenador da Defesa Civil de Vitória, Jonathan Jantorno, explicou a interdição. "A interdição desses imóveis se dá pela gravidade da ocorrência e há a necessidade de bastante infraestrutura para ser realizada. Há várias operações aqui para serem realizadas, como o desmonte de uma laje com risco de deslizamento, escoramento do mezanino, entre outras intervenções", disse.

Na época, a Prefeitura de Vitória, por meio da Defesa Civil, informou que a loja e o galpão anexo que também queimou estavam irregulares e que, inclusive, haviam sido notificados 56 vezes, pois não tinham exigências como rota de fuga e extintores de incêndio.

PRÉDIO DESABA NO CENTRO

Na manhã da última quarta-feira (15), moradores do Centro de Vitória ficaram novamente apreensivos com a situação dos prédios da região: um imóvel de dois andares desabou às 5h53.  Localizado na Rua Sete de Setembro, ele fica próximo a diversos comércios e a cerca de dez metros de um bar que costuma colocar mesas pelas ruas e calçadas, e que encerrou o expediente apenas quatro horas antes do incidente.

Em entrevista à Rádio CBN Vitória (92,5 FM), a engenheira civil da Defesa Civil de Vitória, Sidneia dos Santos, informou que a estrutura que desabou é da década de 1950 e que estava desocupado há cerca de cinco anos. De acordo com ela, a falta de conservação na estrutura de madeira pode ter causado o desabamento.

Representante de um dos proprietários do imóvel, o assessor patrimonial Délio dos Santos Silva afirmou que a edificação não estava abandonada. “Ela foi vistoriada por agentes do município anualmente e sempre atendemos a qualquer solicitação. A última visita foi em maio de 2019, quando não atestaram nenhuma irregularidade”, garantiu.

ABANDONO NO CENTRO

Em um levantamento feito pela Associação de Moradores do Centro de Vitória (Amacentro), em parceria com a Defensoria Pública do Espírito Santo, foram denunciados outros 104 imóveis históricos fechados ou abandonados na região. Ou seja, em potencial situação de risco à integridade física das pessoas.

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Diretora de Cultura da Amocentro, Stael Magesck falou sobre o cenário. "Fizemos esse mapeamento em novembro do ano passado. Registramos imóveis que estão há mais de 10 anos sem uso. Isso desvaloriza toda a região e implica vários outros problemas mais graves. A situação é pior do que podemos imaginar", afirmou.

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