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Casa que desabou na Serra foi interditada e idosa morta sabia de risco

Casa que desabou na Serra foi interditada e idosa morta sabia de risco

Documento enviado pela Prefeitura da Serra à reportagem de A Gazeta revela que o órgão fez vistoria no imóvel em maio de 2019; dona da casa que acabou morrendo neste sábado não quis assinar a interdição na época

Publicado em 4 de janeiro de 2020 às 19:14

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Casa de dois andares desabou no bairro Maria Niobe, em Serra Sede. (Diony Silva)

Uma tragédia que poderia ter sido evitada. A casa que desabou por causa das fortes chuvas na madrugada deste sábado (4) matando a cuidadora de crianças Osvaldina Manthay de Souza, 67 anos, havia sido interditada em maio pela Defesa Civil Municipal da Serra, informou a prefeitura. O desabamento aconteceu por volta das 2 horas da manhã.

O imóvel no bairro Maria Niobe, região de Serra Sede, foi vistoriado pela Defesa Civil no dia 16 de maio de 2019. Segundo a prefeitura, a equipe foi acionada pela filha de Osvaldina. A moradia foi interditada "por riscos de deslizamento de terra e pelas patologias apresentadas na moradia (parede fissurada, vigas e colunas com ferragens expostas)".

Segundo a notificação do atendimento enviada pela Defesa Civil, a proprietária foi orientada a desocupar a moradia e se recusou a assinar a interdição. "A prefeitura ofereceu aluguel social, mas, a mesma se recusou a sair do imóvel", informou.

Pela manhã, o diretor da Defesa Civil da Serra, Antônio Carlos Coutinho, disse em entrevista para a TV Gazeta que uma equipe tinha feito vistoria apenas da via e que não havia interditado ou vistoriado o imóvel. Já no final da tarde a prefeitura desmentiu essa versão, apresentando o documento que comprova a realização da vistoria na casa.

Notificação de vistoria da Defesa Civil da Serra recomendou que família deixasse imóvel. (Divulgação/Prefeitura da Serra)

Osvaldina morava sozinha na casa de dois andares e, de acordo com informações de vizinhos à TV Gazeta, já havia reclamado da situação do imóvel por medo da casa cair.

Após o ocorrido, a Prefeitura da Serra pediu que os "moradores que estiverem com imóveis interditados ou condenados que aceitem a orientação para deixar suas casas evitando possíveis tragédias".

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